Desconsiderar a conexão do Homem com o Universo e as várias dimensões que constituem sua especial natureza é o mesmo que pensar que o peixe não tem relação com a água que o envolve e que ele se encontra nesse ambiente por mero acaso.
Quantos não se dão conta, sequer, da importância da terra, para que tudo se frutifique; do valor da água, para que tudo exista; do ar, para que tudo se vitalize; e, também, do fogo presente na luz e no calor, que se irradiam permanentemente a tudo iluminar e aquecer, para que a vida se faça presente?
Da mesma forma, quantos não percebem as varias dimensões que constituem o próprio Homem e a suas conexões com a Criação e sua Origem?
Muitos, com seus conceitos materialistas, não vão além da compreensão de que o Homem não é senão um amontoado de células, muito bem organizadas ao acaso, para expressar uma das formas de vida neste planeta. Outros, ainda que busquem entender os vários aspectos e a natureza da mente humana, na tentativa de justificar os comportamentos que definem a capacidade ou graus de inteligência que difere o Homem dos animais, não ultrapassam as dimensões que justificam a racionalidade presente no ser humano.
É preciso, pois, buscar compreender o Homem em sua totalidade, penetrando todas as suas dimensões e respeitando todas as suas necessidades e potencialidades, presentes em suas naturezas física, mental, emocional, social e espiritual. Uma vez que somente a posse desta visão multidimensional é que facilitará, também, o compreender real da relação do Homem com o Universo e, consequentemente, com Deus.
A busca da compreensão do antigo aforismo que afirma que “assim como é encima é embaixo” nos faz refletir que isto somente é possível por que o que está entre os dois é, também, análogo a ambos, da mesma forma que a medida é a expressão do número que se revela no peso. Assim, o Homem só pode ser análogo ao Universo e, ao mesmo tempo, ao Criador.
(José Paulo Ferrari – 07 de fevereiro de 2013)
Prezado José Paulo, muito obrigado e um grande abraço a você.
Saudações, meu caro e bom amigo que sempre nos incentiva à escrever e abre espaço para as nossa reflexões.
ResponderExcluirPensar o Homem é, também, pensar Deus. E, neste momento quaresmal que este pensar se intensifica em nós. Pois, agora não só a Igreja propõe o isolamento e a interiorização, na busca da compreensão da razão da Vida, através de sua prática proposta na Campanha da Fraternidade, mas também a Natureza é que nós prepara para a chegada do Outono, a estação que demarca o verdadeiro início do ano zodiacal, já que o sol cruza o equador celeste e invade o signo de Aries, anunciando um novo ciclo natural.
Pensemos pois, com determinação, a razão de tudo e, oferecendo oportunidade para a expressão do suave sentimento que nos invade o coração, busquemos - na Quaresma - compreender o Homem, a Natureza e as Leis do Supremo Criador.
Que todos os nossos amigos, deste "bloguito" querido possam viver intensas emoções que os levem a reflexões, independe de suas religiões.
Boa Quaresma a todos!