Sérgio, redigi o comentário em anexo.
Achei que ficou
extenso.Infelizmente os fatos narrados são verdades.
Não cito nomes mas o grosso da tropa não deixou boas recordações.
Poucos, pouquíssimos deixaram bons exemplos e agradáveis recordações.
Nunca creia nas suas dúvidas nem duvide das suas crenças
Infelizmente o rótulo de religioso
não confere bondade ou elevação espiritual a ninguém. Tive a satisfação de
trabalhar com um colega que se definia como ateu. Assim todas as pessoas
tivessem o seu caráter. Ótimo colega, excelente funcionário, excelente irmão e
antes de tudo, um filho zeloso. Ele deixou agradáveis lembranças e exemplos.
Embora não acreditasse em nada, foi um cidadão exemplar. Quando dialogávamos
sobre o fato de não acreditar em nada, ele respondia: “Pouco me importa se
existe ou não existe vida depois da morte, céu ou inferno. Procuro ser o melhor
possível dentro do meu grau de consciência porque acho que o Mundo, a
humanidade, a vida, precisa que os homens sejam bons para com o próximo. Devemos
fazer para o próximo somente aquilo que gostaríamos que fizessem para nós.
Sempre me recordo dele como um exemplo de cidadão. O seu ateísmo não impediu que
fosse uma excelente pessoa. A esse colega meus respeitos e admiração.
Em
contrapartida, tive o desprazer de conviver com alguns indivíduos que se intitulavam “religiosos”,
vinculados a essa ou aquela religião. Assustador. Um deles, decorridos 28 anos,
ainda vejo com nitidez na minha tela mental, seu olhar de alegria e sorriso de
felicidade, porque achou a oportunidade de dar uma suspensão no funcionário e
talvez partir para uma justa causa. Seu superior hierárquico, pessoa
equilibradíssima, aconselhava-o a ir com calma. Analisar com imparcialidade o
fato. O outro “religioso”, embora não perca uma reunião religiosa, deixou vários
cheques sem fundo com uma pessoa já falecida, inclusive fazendo mão grande em um
carrinho que pediu emprestado. A outra “religiosa”, ostentando cabelos brancos,
não teve pejo em dar um calote e deixar de cumprir o que tinha combinado ao
fazer uma transação comercial. O outro “religioso”, na maior cara dura
aplicou-me um belo 171. O estrago só não foi maior porque fiquei esperto com
suas falações, tentando convencer-me das suas verdades. Os atos não batiam com
as palavras. É muito extensa a lista de lobos escondidos sob a pele de
cordeiro.
Citei os exemplos como um preâmbulo
para dizer que, considerando a infinita misericórdia divina em toda sua
grandiosidade, tenho certeza que Deus, ao receber-nos, deitará sobre nós seu
olhar de misericórdia, e como Pai amoroso nos receberá com seu sorriso de
benevolência e olhar piedoso, convidando-nos a uma reflexão sobre o ano letivo
que tivemos nesta grande escola chamada VIDA. Não nos perguntará se fomos da
religião a ou b, se ocupamos cargos importantes, se desfrutamos de riquezas ou
não. Certamente perguntará como tratamos nosso próximo, como tratamos o planeta,
o quanto amamos a vida em todas as múltiplas manifestações? Como a vida
espiritual não cessa após a morte do corpo físico, e somente DEUS conhece tudo o
que passou e passa pela nossa mente, nos convidará a repararmos aquilo que
deixamos de fazer fora das suas sábias leis. Aqui se faz, aqui se repara.
Somente Deus conseguirá ver e entender todos os motivos que nos levaram a agir
desta ou daquela maneira. Somente ele em toda sua grande misericórdia e grande
poder, poderá avaliar se as poucas vezes que fizemos o bem, em verdade não
agimos como lobo sob pele de cordeiro, ou às vezes que agimos desastradamente,
não achávamos que fazíamos o melhor ou um grande bem?
Que
a misericórdia infinita possa receber Walmor Chagas, dando-lhe Paz, Entendimento
e Forças para prosseguir sua jornada.
Ao
encerrar lembro que nunca discuto religião, Ninguém admite que suas verdades
religiosas estejam no meio das mentiras alheias. Por isso, “Nunca creia nas suas
dúvidas nem duvide das suas crenças. Se você está feliz onde está, permaneça.
Para o seu bem e para o bem da sofrida Humanidade, procure sempre ser o melhor
possível.”
Dr.
Fagundo S. d’Oliveira
Dr. Fagundo, obrigado e um abraço.
Parabéns Dr. Fagundo, um texto que prima pela singeleza e sensibilidade, como tudo o que deveríamos realizar em nossas vidas.
ResponderExcluirReligião e Religiosidade:
ResponderExcluirNosso ilustrado missivista em seu comentário homenageando Walmor Chagas nos oferece no seu belo texto exemplo acabados do que seja religiosidade! Deixou tal virtude transpirar em cada um dos bem construídos parágrafos, possivelmente até sem a intenção de fazê-lo, mas levado espontaneamente sem artifícios ou disfarces! Foi feliz o senhor Fagundo S. d’Oliveira ao demonstrar certos deveres da fé, como a tolerância com o seu próximo e a abdicação do direito de julgá-lo...
RAUL RIBAS
Agradeço as palavras generosas dos Srs. ZSylvio e Raul Ribas.
ResponderExcluirConfesso que certos atos extremos além de mexerem com nossa mente, são difíceis de entender. Por mais que questionemos ou tentemos entender, nossas explicações acabam mais ou menos como parafuso sem rosca. Complicadas!
É comum o idoso passar parte do seu tempo encharcado com medicamentos, uma vez que depois de certa idade costuma ficar abraçado com um pássaro terrível, o Condor!
Vira e mexe ele está Condor aqui, Condor ali, mas sempre está às voltas Condor!
Infelizmente alguns medicamentos tem como efeito colateral a facilitação para o surgimento de estado depressivo. Quando o organismo encontra-se debilitado ou fragilizado pela idade ou pelo uso de outros medicamentos, essa depressão se não for detectada e debelada, pode levar o paciente até a execução de ato extremo, atentando contra a própria vida.
Vira e mexe os meios de comunicação emitem alertas de que o medicamento X, Y ou Z está sendo recolhido porque tem efeitos colaterais indesejáveis, causando óbito ou outras sequelas.
Quem não se lembra recentemente de um xarope usado até para criança. Ele ocasionou várias mortes. E o antiinflamatório N que no fim da bula, em letras super minúsculas, alertava que alguns pacientes poderiam apresentar surto depressivo, podendo chegar até ao suicídio! O noticiário é vasto. É só procurar. Isso sem contabilizar alguns medicamentos usados para corrigir os níveis de colesterol. Acertava o colesterol, mas deixava o usuário exposto a ter um belo AVC ou infarto.
Com relação a Religião e a Religiosidade, transcrevo um texto que acho muito interessante.
ECUMENISMO
As religiões se compõem de dois elementos.
Primeiramente um núcleo central que é a consciência de Deus e que é a base comum de todas as religiões.
A esse componente se ligam todos os santos e sábios.
Há também uma parte secundária, que é o colorido e os atributos peculiares a cada seita.
A esse elemento sempre relativo às condições específicas do povo em meio do qual a religião se originou se prende toda a humanidade em geral.
A diversidade dos credos provêm portanto, das diferenças existentes nos hábitos, costumes e mentalidades dos povos, as quais promovem as diferentes roupagens das religiões.
Outrossim, os atritos e as separações entre as religiões decorrem da importância exagerada que a humanidade ainda empresta a esses atributos secundários, embora muito respeitáveis, que revestem todos os credos.
Quando a nossa inteligência se desenvolver mais, dar-se-á maior atenção à essência comum de todas as religiões e então o ecumenismo como um manto de paz envolverá a tão sofrida mente humana.
Autor desconhecido.
Encerro com a mensagem ecumênica do Prof. Hermógenes, no livro Cintilações:
“Nada tem de errado meditar junto a Buda, cantar para Krishna, educar-nos segundo Sai Baba, seguir o decálogo de Moisés, viver o Tao..., contanto que melhor avancemos no caminho estreito que ainda nos separa do Cristo.”
“A Verdade só se des-vela aos olhos dos que realmente e acima de tudo a amam.”