"VI Encontro de Lucelienses em São Caetano do Sul

Lauro Flumignan deixou um novo comentário sobre a sua postagem "VI Encontro de Lucelienses em São Caetano do Sul –...": 

Querido Sérgio Garcia,

agradeço as suas sábias palavras de conciliação, veja só: comparando a mim daqui de Prudente ao nosso conterrâneo de Salvador, vai mesmo da força de vontade íntima, mas no meu caso, ganho de todos, pois sou octogenário sétimo.

Eu amo minha cidade de origem, já não me basta morar fora dela que é algo que carrego no íntimo como uma decepção pessoal, não sei se você também, mas ainda sonho com minha terra que deixei depois de casado por causa da oferta de emprego, mas o intuito era ganhar dinheiro e voltar, mas vieram os amigos os filhos, os casamentos deles, os netos...as raízes que fazem sentido para eles, mas não para mim, mas te confesso, voltarei, mas tem um problema, voltaria sozinho, a minha amada, já está junto ao Senhor, e acho que é por isso que até hoje adio, pra dizer a verdade, nem sei se realizarão meu desejo de ser enterrado na minha terrinha????!!!! Pois a mãe, prefiram deixá-la cá(ela também não fazia questão).

Um grande abraço amigo Sérgio,

Lauro Flumignan.

PS- Meu primo Antonio Flumignan foi pároco em Herculândia em 1979, mas acredito que sua família não residia mais lá. Mas ele falava muito bem de uma Maria Garcia que morava num casarão ao lado da Igreja, muito devota e sabia de cor e salteado os padres que passaram por lá e tinha cada história, conversaremos.

Meu querido Lauro Flumignan;
Vez por outra este bloguito me proporciona momentos de muita alegria e este é um deles. Fiquei feliz da vida ao receber este seu comentário, diretamente de Presidente Prudente. Alegro-me em saber que na qualidade de "octogenário sétimo", como disse, esteja plenamente ativo, escrevendo tão bem, expressando seus sentimentos de forma exemplar.
Quando diz que ama Lucélia e que de lá se ausentou em procura de espaço no mercado produtivo, me vejo aí retratado, pois foi assim que também saí de Herculândia.
Quanto ao sonho de um dia retornar para Lucélia meu caro Lauro, valer-me-ei de um comentário deixado aqui pelo amigo pindense José Raul Machado Ribas que assim se manifestou;

"Dia desses, numa entrevista de Rubem Alves, acho que na TV Senado, eu ouvi algo que não me sai da memória: “- se você ama muito um lugar não o visite nunca, pois este lugar não existe mais, porque lugar não existe, o que existe é o tempo do lugar...”. 
RAUL RIBAS"

Portanto, Lauro, se um dia retornar a Lucélia e eu para Herculândia, nos depararemos com o que sabiamente descreveu o escritor Rubem Alves. Veja um exemplo, estudei no Colégio São Domingos Sávio em Lucélia, de onde tenho excelentes lembranças. Se hoje eu lá for, o que encontrarei? Nem imagino. E o João Vaz Pinto, locutor da Rádio Clube de Lucélia, amigo do meu saudoso Pai, também está no céu.  Assim é a vida. Que nos fiquem as boas recordações. Creio ser melhor ficar junto de sua amada, onde poderá exercer orações para confortá-la, junto ao "Senhor". 

Fiquei exultante  quando citou o seu primo, Padre Antonio Flumignan, vizinho dos meus avós, Maria Garcia, Garcia Y Garcia e Luiz Garcia Mrtinez, cuja foto estampei acima, no quintal do casarão citado. Não o conheci, porém minha irmã Sueli, que reside em Bauru, com certeza o conheceu e provavelmente se pronunciará por aqui.

Por fim, meu querido Lauro Flumignan, torcerei para que possamos comparecer no VI Encontro dos Lucielenses em São Caetano do Sul no dia 24 de abril próximo, para trocarmos um afetuoso abraço e ofereço a você o Hino de Lucélia.

Grande abraço Lauro.

Sérgio Garcia.