São João Batista, como legitimo representante da Antiga Tradição, nasceu da velha mulher no berço sacerdotal de Zacarias, enquanto que o Divino Mestre Jesus, o Grande Transmissor da Nova Tradição, veio ao mundo pelo ventre da menina celestial, da mesma extirpe de David, o antigo rei dos Filhos de Israel. Porém, ambos foram anunciados pelo divino anjo Gabriel, como confirmação da possibilidade da encarnação da Alma da Consciência no seio da humanidade e estabelecer, assim, entre os povos a verdadeira Evolução.
Um bradou, lançando sobre os homens - como as águas que descem dos céus - o balsamo da conversão, que propôs o arrependimento como fruto da compreensão da necessidade de todos se relacionarem como irmãos.
O outro se ofereceu como caução, num ato de mortificação, para a salvação do Mundo e redimindo, assim, os pecados do homem primordial, ensinando a todos o caminho da verdadeira Reconciliação.
Eles foram quase irmãos. Completaram-se por suas ações e promoveram efetivamente, entre o humano e o divino, a Eterna Aliança da Salvação.
Um trouxe a Água da Purificação, com propósitos de preparar as Almas para a verdadeira Reconciliação. Enquanto o outro trouxe o Fogo da Regeneração, que possibilitou aos homens trilhar conscientemente um Novo Caminho pleno de Iluminação.
No primeiro momento, a ação purificadora da Água, como sacramento, fez a ligação das Almas com os verdadeiros Princípios Universais, já professados nas antigas escolas gregas e de outras importantes civilizações. No segundo, cinquenta dias após a crucificação, o Fogo desceu do Céu, como um Espírito que traz iluminação, e veio habitar o interior de todos os corações.
Neste momento de reverência a João, o batizador, possam nossas almas ser plenas de gratidão, afim de que possamos, também, reconhecer todos nossos semelhantes como verdadeiros irmãos.
(José Paulo Ferrari –
Inverno de 2013)
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