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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

VIOLÊNCIA

Foto Estadão, Nilton Fukuda
Viriatro Gomes da Silva e Risoleide Moutinho de Souza, pais da Dra. Cinthya Magaly Moutinho de Souza
VIOLÊNCIA

“Deus conceda-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar aquelas que posso, e sabedoria para reconhecer a diferença entre elas”. 

Ontem assistindo televisão, um programa sensacionalista ou não, me acordou da “negação” que até por um mecanismo de defesa muitas vezes fazemos diante da crescente violência e de sua comparsa; a impunidade. Tenho uma filha dentista e inevitavelmente me coloquei no lugar dos pais da profissional brutalmente assassinada por uma quadrilha que agia em consultórios...e doeu muito... 

Todos nós sabemos, até uma criança de sete anos, a dor de uma queimadura num dedo; os assassinos também sabem, inclusive o “menor” de dezessete anos. Menor pra mim é a criança que precisa de cuidados porque ainda não aprendeu que fogo queima e pode causar sofrimento e morte para si e para os outros; um rapaz de 17, 16, 15....já sabe disso e de muito mais. Existe um drama social na história de cada um deles? Existem dramas sociais por toda parte e nem todos saem por aí queimando e matando. Esse jogo de culpa não deve e não pode continuar sendo usado. Aquela jovem que matou os pais e que hoje se diz pastora, tinha excelente condição familiar e sócio-econômica...Devemos sim ajudar jovens que querem ser ajudados, que têm consciência do mal e empatia pelo próximo; inútil gastarmos recursos e energia com psicopatas sem piedade e de corações gelados. Tratá-los como menores inocentes é compactuar com a perversidade e o mal; certamente os criminosos “maiores” também foram “menores” cruéis e impunes, pra eles não existe sentimento de culpa nem arrependimento; embora sejam verdadeiros artistas na arte de dissimular se fazendo de vítimas e candidamente arrependidos. 

Muitos podem discordar mas não acredito em “cura” para a psicopatia, embora nem todo psicopata se torne assassino a crueldade é de sua natureza; não acredito que seja uma doença. Alguns poucos anos na prisão ou qualquer tipo de instituição, mesmo que fosse na Suécia, não faria deles pessoas de bem; ao final de penas curtas, e elas sempre são, continuarão sua saga de violências. Não sei se penas mais duras resolveriam; mas com certeza a sensação de impunidade é um componente à mais para o aumento da criminalidade. 

Se continuarmos calados diante de leis frouxas que privilegiam bandidos, principalmente menores, seremos cúmplices de outras mortes...de inocentes e pessoas de bem.

Rosa Marin Emed.

Rosinha, muito obrigado. Pena que seu retorno seja marcado por este infausto acontecimento. Um grande abraço a você.

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