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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Alguém há de nos ouvir.....

A policia prendeu o bando que assaltou os trabalhadores bolivianos, exceto o assassino que apertou o gatilho. Qualquer palavra de indignação parece pequena diante da dor daqueles pais. Não há nada mais definitivo e doloroso do que a morte de uma pessoa querida... Não é natural que os filhos morram antes que os pais; a dor dessa mãe que teve o filho assassinado em seus braços não cabe em nenhuma frase de consolo ou solidariedade...

”Quando eles de longe viram, não o reconheceram, e eles levantaram suas vozes e choraram. Eles se assentaram com eles no chão  durante sete dias e sete noites, e nenhum deles lhe disse uma palavra sequer, porque eles viram que seu sofrimento era muito grande”(Jó 2.13)

Talvez seja irracional, mas é inevitável meu sentimento de vergonha diante da família do pequeno Brayan; vergonha pelos seus sonhos destruídos, seus bens roubados e principalmente por haverem arrancado de seus braços, seu mais caro bem e que moeda alguma pode pagar. Vergonha por terem acreditado e confiado que aqui poderiam ter uma vida digna e feliz. Vergonha pelas leis frouxas e obsoletas, incompatíveis com nossa atual realidade, e que vigoram em nosso país. Não foram só gatilhos disparados que deixaram tantos pais enlutados e filhos órfãos; a impunidade,  a morosidade das leis, a falta de investimentos na segurança também são culpados. Sei que punições severas não recuperam sociopatas sem piedade e de corações gelados, mas certamente os fariam temer as conseqüências de seus atos.

Havia um menor no bando?! Menor era Bryan que não conseguiu conter o medo e o choro e implorou por viver. Os maiores do bando provavelmente também foram menores infratores e impunes. Há um drama social e familiar por traz de cada um deles? Existem dramas sociais por toda parte; assassinar uma criança nos braços da mãe só pode ser obra de um assassino  cuja crueldade faz parte de sua natureza eque não merece viver em sociedade..
Calar diante de tamanha monstruosidade é nos tornaremos cúmplices dessa e de outras mortes violentas de inocentes e pessoas do bem. A sensação de impotência e revolta é de todos; eu não conheço uma só pessoa  que não tenha alguém da família que um dia sofreu a humilhação de ficar a mercê de bandidos de forma mais ou menos violenta....

”Deus conceda-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar aquelas que posso e sabedoria para reconhecer a diferença entre elas.”

Calar é compactuar com a indiferença, perversidade e o mal; mesmo que gritemos como loucos para ouvidos moucos , até ficarmos roucos....
Alguém há de nos ouvir.....

Rosa Marin Emed

Rosa Marin Emed, muito agradecido por externar a nossa indignação.

5 comentários:

  1. Serjão,
    Gostei muito do blog desta semana. Parabéns!
    Flávio

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  2. Parabéns Rosinha! Mas o matador sempre é o último, o menor, etc. Um jogo de empurra tremendo e ao final, fica como culpado o que não pode ser condenado por ser menor!!! Uma lástima. Assim, há que se baixar a idade de 18 para 16 anos!

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  3. Não dá mais pra conviver com este tipo de crime no Brasil e com a indiferença da classe política - governo e congresso - para a criminalidade!

    É preciso dar um basta URGENTE na ação dos criminosos.

    As manifestações de rua têm que incluir reivindicações de mudanças no arcaico código penal brasileiro - sobretudo PENA DE MORTE e PRISÃO PERPÉTUA - que beneficia corruptos e criminosos.

    CHEGA! É HORA DE MUDAR!

    Senão crimes covardes, como este do garoto boliviano, continuarão acontecendo.

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  4. PORQUE A COMISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS NÃO SE PRONUNCIOU SOBRE O ASSASSINATO DO MENINO BOLIVIANO, POR UM BANDIDO BRASILEIRO?

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  5. Caros ZSyilvio e João Batista;acredito que reduzir a maioridade penal poderia fazer surgir criminosos cada vez mais jovens. O conceito de não matar é anterior aos 14 anos; qualquer pré adolescente sabe que não pode matar. Acredito que punição severa para crimes cruéis e bárbaros deveriam ser rigorosamente dadas independente da idade do criminoso. Aumento de pena para maiores e menores, e realmente cumpridas, nos casos de crimes hediondos é o que eu gostaria para nosso país.
    Por outro lado ressocialização, medidas sócio educativas, abrigos e sistema penal para os criminosos menores e maiores recuperáveis ,e que não cometeram crimes hediondos já é uma outra história....Pena de morte daria muita margem para tristes histórias de dois pesos e duas medidas, e a injustiça continuaria a rolar solta.....Têm muita coisa pra ser mudada, acho que nenhum de nós vai viver pra ver....
    Rosa Marin Emed

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