Há anos observo as ocupações tanto em áreas de risco como em áreas de preservação permanente (mata atlântica) no litoral norte de São Paulo e sempre que tentei alertar a prefeitura de São Sebastião lá encontrei quem me dissesse que era questão de difícil solução por ser um " problema social". Sob esta míope perspectiva, assisti a sucessivas invasões realizadas sob a inércia dos agentes responsáveis em impedi-las, nas quais os invasores, bem industriados, entravam mata adentro para desmatar e construir, deixando uma cortina vegetal à beira das estradas a encobrir seus feitos. Para um bom observador, entre São Sebastião e Maresias existem centenas destes casos.
Agora, indignada, li que o sr. Luiz Teixeira, chefe da Fiscalização do Meio Ambiente em São Sebastião, na tentativa de justificar o malfeito, joga a culpa no número exíguo de agentes fiscalizadores (15) para cobrir uma área de 110 quilômetros de extensão. Bom, então eu digo a esse senhor que, se ele dividisse 110 quilômetros por 15 agentes, cada um deles ficaria responsável por pouco mais de 7 quilômetros a serem fiscalizados. Seria responsabilidade demasiada para esses funcionários públicos? A verdade é que se houvesse vontade política para realizar a retirada destes invasores certamente não haveria tantas famílias vivendo ilegalmente, sob risco de deslizamentos, nem tantas feridas abertas nessa área de preservação tão importante que é a mata atlântica!
São Paulo
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