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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"prefeitura" de Pindamonhangaba reivindica Selo Verde. Será que a Secretaria do Meio Ambiente o banalizará?.

DIA DA ÁRVORE EM PINDAMONHANGABA
Pouca gente sabe, razão pela qual repetimos à exaustão, que a origem da comemoração do dia da árvore no Brasil, se deve ao herói pindamonhangabense engº João Pedro Cardoso, que já no ano de 1902, tinha essa preocupação e fez a primeira comemoração em Araras/SP, a qual absorveu seus ensinamentos e hoje é uma das cidades mais arborizadas do Estado.


Por ironia do destino, Pindamonhangaba hoje está de luto, pois promove uma das maiores devastações nas árvores urbanas, nem a reserva florestal do Trabiju, na Serra da Mantiqueira, sob responsabilidade da “prefeitura” pindense, foi poupada. Derrubaram e sumiram com árvores do local, conforme procedimento existente na Delegacia de Polícia de Pindamonhangaba, bem como, CPI instaurada na Câmara Municipal.
Um determinado site publicou em 06/05/08;
“CEI do Trabijú
Já está dando o que falar a Comissão Especial de Inquérito (CEI) instaurada pelo legislativo pindamonhangabense para apurar a retirada de madeira do Parque Municipal do Trabijú, uma das principais reservas ecológicas da região.
A extração de madeira no local é considerada crime ecológico, principalmente se ficar provado desmatamento em decorrência da retirada do material. {...}”

Um jornal regional noticiou no dia 14 de maio de 2008 o quanto segue;
“Parque Trabiju
{...} Segundo o vereador, se o colunista acompanhar o caso Trabiju vai ver que o que está ocorrendo lá é crime ambiental sim, com retirada de madeira, tora, mourões de diversas espécies e até viga aparelhada foi flagrada no local, sem autorização do DEPRN, conforme falou na TV Vanguarda a Dra. Lilian Marcondes Braga. “Dr. Mário, o negócio é pior que o senhor pensa. Não tente tapar o sol com a peneira. Há três anos estão tirando madeira do Trabiju e só agora recebemos esta denúncia. Se estivesse tudo dentro da lei, não iriam tirar madeira em caminhão particular, na calada da noite, camuflados.
Vamos investigar isso até o fim”, explicou Toninho.”

Outro desabafo do edil na Câmara, comprovando o total desinteresse do executivo pindense na preservação ambiental;
“O projeto
O projeto de Reflorestamento e recuperação de áreas degradadas das margens do Rio Paraíba do Sul surgiu como uma forma de contribuição para as futuras gerações. Idealizado pelo vereador Toninho da Farmácia, o projeto recebeu desde o início o apoio da empresa Nobrecel Celulose e Papel, que acreditou na idéia e ate hoje não mediu esforços para a viabilização e execução desse objetivo. O mesmo apoio não foi encontrado pelo vereador junto à atual Administração de Pindamonhangaba, não tendo do órgão responsável nenhum respaldo em relação aos obstáculos burocráticos que foram encontrados ao longo desse caminho. “Infelizmente o nosso País é cheio de contrastes. Quando alguma pessoa ou autoridade se propõe a realizar um trabalho e um projeto que vai trazer benefícios a toda a população, encontra todo tipo de dificuldade e obstáculos. Enquanto isso, todos os dias assistimos verdadeiros crimes contra o meio ambiente, como despejos de esgoto in natura e queimadas irregulares”, afirmou o vereador-21/09/07. “
Ao ler a notícia abaixo no Jornal da Cidade de Pindamonhangaba do dia 21/março/2009, minha preocupação foi enorme, pois não há qualquer compromisso com a preservação das copas das árvores e da biodiversidade lá existente. Atenção única e exagerada aos cabos elétricos, até parecendo que ambos não podem ter convivência pacífica.
Uma rede de energia elétrica respeitando as copas das árvores e a ecologia, realmente fica um pouco mais cara, mas é para isso que foram desenvolvidos os cabos pré-reunidos, tal como foram utilizados no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, por determinação do Governador do Estado, na ocasião.
Infelizmente a atenção está voltada exclusivamente à cifra monetária, desprezando a conservação ambiental.
Diante dos absurdos praticados, criei uma página na Internet, onde passei a registrar os casos que me chegam ao conhecimento. Os registros documentados não representam a totalidade da devastação praticada, pois não sabemos onde agem a cada dia, pois fica a impressão que fazem rodízio, dificultando o acompanhamento dos poucos cidadãos comprometidos com a preservação ambiental.
Em algumas ocasiões até chamam a Polícia Militar, infringindo a Lei Federal que regulamenta o abuso de autoridade, praticado por autoridade constituída, ou seus agentes, numa tentativa de intimidar o cidadão que está fotografando a devastação.
“Bandeirante Energia
Na quinta-feira (19), a Prefeitura firmou convênio com a Bandeirante Energia S.A.
O objetivo do convênio é tornar possível a execução de poda de árvores em áreas urbanas envolvidas por redes de distribuição de energia elétrica, fazendo com que o Departamento de Meio Ambiente e a empresa distribuidora de energia elétrica ajam em conjunto quando necessário.
É a parceria fazendo diferença para o bem do cidadão.”
Como no Brasil de hoje as versões prevalecem aos fatos, o executivo preparou uma semana inteira de festividades para comemorar o dia da árvore!!!
Creio que Cora Coralina deva estar se revirando no túmulo, pois dizia;

“FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA”
Recorte de jornal
Também pertinente o adágio popular;
“FAÇA O QUE EU MANDO MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO”

Um leitor do Blog, há dias, nos enviou esta observação, a qual qualifica com precisão milimétrica o proceder do executivo local:
“NA PRAÇA MONSENHOR MARCONDES, EM FRENTE AONDE COSTUMA ESTACIONAR UMA BASE MÓVEL DA PM, A PREFEITURA FAZ PROPAGANDA DE SEU PROGRAMA AMBIENTAL, COM FOTOS PREGADAS EM TRÊS TORAS DE ÁRVORES QUE FORAM DECEPADAS EM ALGUM LUGAR. ME PARECE UMA ATITUDE EQUIVOCADA, PROPAGAR PROJETO AMBIENTAL EM CIMA DOS CADÁVERES DOS CAULES...”
Leio em jornal local a notícia de que Pindamonhangaba pretende requerer o “Selo Verde”, a saber;
“A criação do Condema está estabelecida na lei nº 4955, de 1º de setembro de 2009 e terá caráter deliberativo. O Conselho é uma das dez diretivas necessárias para que Pindamonhangaba receba o Selo Verde, que faz parte do Projeto Município Verde Azul, criado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado. As outras diretivas são relativas ao esgoto tratado, lixo mínimo, mata ciliar, arborização urbana, educação ambiental, habitação sustentável, uso da água, poluição do ar e estrutura ambiental. {...}”
No meu entendimento, se a Secretaria de Meio Ambiente do Estado concedesse tal honraria ao executivo local, com certeza, estaria banalizando essa instituição, pois um município inimigo das árvores jamais poderia ter tal pretensão. Minha afirmação não é graciosa, está repleta de provas irrefutáveis, pois as dezenas e dezenas de fotos que mantenho em arquivo, comprovam tal afirmativa. O acervo de fotos que possuo representa apenas uma pequena parcela da devastação ocorrida no município.
Outro registro incontestável desta argumentação é o site abaixo, já direcionado para a rua dr João Romeiro, centro de Pindamonhangaba. Notem o volume de árvores frondosas existentes até pouco tempo e vejam o local agora;

Diante dos fatos citados e exibidos através das fotos, filmes e Google, declaro que, embora fragilizado, com parcos recursos, com apoio que pode ser enumerado nos dedos das mãos, lutando contra interesses que não consigo identificar e muito menos entender, me sentindo impotente para interromper essa derrubada de árvores,
continuarei questionando, no meu fraco entendimento, se um município que comete todos os atos citados, tem direito a ser agraciado com um Selo Verde!
Gostaria de esclarecer que sou apenas um cidadão pindense por adoção, desvinculado de qualquer partido político, sem nenhuma pretensão de concorrer a nenhum tipo de cargo eletivo.
O combustível que me move é amar a cidade e desejar vê-la como um exemplo para o seu filho, João Pedro Cardoso, que sabiamente, numa atitude quase que profética, vislumbrou há 107 anos, a importância das árvores, da ecologia e do meio ambiente, para as gerações futuras.
Tenho dito.
Sérgio.

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