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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

É o próprio homem que traça o seu . . .

Saudações, meu caro e bom amigo!
Almejando que tudo esteja bem contigo e com aqueles que te são caros.
Como a tempos não contribuo com este importante 'bloguinho', ai vai um texto para a sua avaliação.
Com saudoso abraço!
José Paulo


Saudações, meu caro e bom amigo José Paulo!
Quem sou para avaliar um texto seu. Só sei que meus leitores o adoram, querem até te conhecer pessoalmente, não é Sueli?
Muitíssimo obrigado por mais este presente ao ecoeantigos.
Grande abraço José Paulo,
Sérgio.

É o próprio homem que traça o seu destino e a sua qualidade de vida

O homem, em sua caminhada ao longo do seu desenvolvimento sobre a Terra, esperava que com o adve
nto do século XX pudesse, então, conviver com mais igualdade social, bem como, usufruir mais saúde, maior tempo de lazer e, sobretudo, conquistar a tão sonhada felicidade. Porém, à medida que o tempo passa e maiores são suas conquistas tecnológicas, maior também é sua decepção diante do que ele mesmo compreende como qualidade de vida.
O que se vê é que o homem, acreditando nas metas de conquistas, está prolongando o tempo de vida, mas negligenciando a si mesmo e mergulhando inteiramente na concorrência e no consumismo desenfreado, causando, também, as mais terríveis devastações nos mais diferentes pontos do planeta.
Não é incomum constatarmos, bem próximo de nós, a existência de pessoas que passam a maior parte de suas vidas se sacrificando para possuir um bem. Que se lançam de corpo e alma em um determinado empreendimento material, na firme convicção de que o simples possuir, ou realizar, de tal coisa seja o sinônimo de sua felicidade ou o grande ideal de sua vida. Quantas pessoas conhecemos que estão, neste momento, encurtando anos de suas vidas em troca da necessidade de possuir, de ter cada vez mais. Com o passar dos anos adoecem. Muitas vezes, ficam longos tempos sofrendo seus males e, finalmente, morrem, sem usufruir o que conquistaram com o fruto de seu trabalho.
O homem aprendeu a valorizar o ter, em detrimento do ser.
A vida deixou de ser simplesmente vivida e se transformou numa luta permanente de conquistas materiais, uma vez que a lei que move o progresso se estabelece em sua consciência como que uma obrigatoriedade de consumir cada vez mais, coisas que necessita cada vez menos.
Ao invés de ser respeitado e admirado pelo seu valor pessoal, pelos princípios que defende e pela
ética com que se conduz, o homem está passando a ser medido, cada vez mais, pelo seu poder, pelos seus títulos e, principalmente, pelos seus bens. Seu status é mensurado pelo quanto possui.
O mais estranho, ou paradoxal, é que somos nós mesmos quem criamos as condições para as dificuldades e ansiedades que enfrentamos em nossa existência, embora tenhamos a cômoda tendência de sempre projetar a culpa nas outras pessoas, nas coisas, nos sistemas ou no mundo, como se não integrássemos a sociedade e, nos excluindo, fugimos da responsabilidade dos nossos próprios atos.
É preciso parar e refletir para procurar compreender que é o próprio homem, com suas emoções, pensamentos e atitudes, quem traça o seu destino e a sua qualidade de vida. Pois, é ele um ser social, ou seja, aquele que influencia a história, ao mesmo tempo em que é por ela influenciado.

José Paulo Ferrari – psicólogo clínico e palestrante sobre Ética Pessoal e Institucional – jcumbica@uol.com.br

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