Palhaço fora de picadeiro pode ser feliz?

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Salve, meu bom e querido amigo Sérgio!
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Apesar de já estar, praticamente, {censurei este parágrafo meu amigo. O grande José Paulo Ferrari é o meu herói, logo, não concordo com sua auto depreciação} sobretudo, na área da escrita, que sempre foi uma das minhas fontes de vida, vez ou outra, meu olhar atento de jornalista aposentado e psicólogo {idem} captam imagens e acontecimentos que fazem meu sangue, como se diz, ferver nas velhas veias. E, ai então, não seguro a imaginação e ouso compor palavras que me servem de desabafo.
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Como sei que você, meu amigo querido, também é um dos “antigos” que não se conforma com a falta de ética nas ações de nossa gente e, principalmente, daqueles que deveriam dar exemplos, ouso te enviar – vez ou outra – um desabafo do meu velho cérebro. Ai vai, para a sua apreciação, uma simples expressão.
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Com abraço José Paulo

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A julgar pela imagem obtida por Ailton de Freitas, da Agência O Globo, na Câmara, em Brasília, durante a votação do projeto que estabelece o teto do salário mínino no país, pode-se perceber que o palhaço esta fora do seu habitat. E, como não poderia deixar de ser, sem saber o que fazer, portanto, também infeliz!
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Segundo a Folha.com, em matéria divulgada nesta quinta-feira, logo depois de dizer que apoiaria o governo e seu partido na discussão sobre o salário mínimo, o deputado Tiririca (PR-SP) votou a favor dos R$ 600, apresentado pelo PSDB. Indagado qual seria sua real posição, ele disse: “Ih, então eu votei não e saiu sim”. Como o painel funciona por sistema absolutamente seguro, pode-se pensar que, realmente, seu grau de escolaridade ainda não lhe permite compreender o que significa contra ou a favor.
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A imprensa virtual destaca, ainda, que Tiririca informou que, apesar de ter sido sorteado para discursar na Câmara na última segunda-feira, preferiu adiar sua estréia no plenário. "Cedi a minha vaga, ainda está muito cedo, né?", justificou-se o humorista que, embora pareça cansado e triste, continua esperto.
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Quem costumava se divertir com suas palhaçadas na televisão, agora, pergunta-se se ele não esta fora do seu lugar e se, realmente, irá fazer parte do restrito espaço televisivo que os cardeais da política ocupam em Brasília, embora saiba usar, também, a mídia com suas piadas.
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Ainda a julgar pela imagem, a expressão que a lente registrou é de alguém que, se não está cansado e fora de lugar, está muito próximo da depressão, embora isto seja muito subjetivo.
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Pelo jeito, quem lutou muito para se projetar no meio artístico, através de sua arte em fazer certas camadas da população sorrir, agora tem tudo para compreender que não é só de dinheiro que vive o homem e que certos acordos políticos podem afastar a almejada felicidade.
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E nós, por nossa vez, ficamos a refletir que se alguém que nasceu para fazer pobres coitados sorrirem, com sua graça, estaria, também, apto a fazer o povo chorar por suas ações irresponsáveis nas arenas de Brasília.
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Ponto e basta!
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José Paulo Ferrari
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Meu caro José Paulo; quem é o Sérgio para avaliar uma sua "simples expressão". Fico felicíssimo cada vez que o nosso humilde bloguito recebe suas "simples expressões" e os nossos leitores, também.
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Muito obrigado e apareça sempre, não nos permita ficar saudosos de você.
Um grande abraço e obrigado mesmo.
Sérgio.