Caros Sérgio e Beltran, Gostei muito da crônica. Quando eles começaram as pescarias eu era bem pequeno, talvez com uns 5 anos. Não me lembro dos "artefatos", mas onde há fumaça, há fogo... Lembro-me de uma pescaria que se mantém presente em minha memória. Jamais a esquecerei. Fui a uma pescaria com meu pai e o compadre Domingos e mais alguns amigos deles de quem não me lembro neste momento. Talvez o Pópa, quem sabe o Sr. João Garcia, mas não tenho certeza. A pescaria corria solta, boa pesca com varas, cervejas e refrigerantes refrescando na beirada do rio (na prainha), encaixadas na areia, sob a água fresca. Lá pelas tantas, como eu havia pego apenas uns dois lambarizinhos, me distrairam e colocaram uma penca de piáus como se tivessem sido fisgados por mim, na minha varinha que arqueou a quase quebrar... Me alertaram, corri para pegar a vara que estava para lá de vergada e, com a ajuda do compadre Domingos, puxamos para fora d'água e lá estava... Parecia uma penca de bananas!!! Pela inocência da idade, nem desconfiei do engodo, achando que havia pescado aquilo tudo de uma vez só... Depois de muita risada, é que fui alertado sobre a falcatrua, ocasião em que prestei singela homenagens a algumas mães ausentes... Bem, no final da tarde retornamos para Herculândia em uns dois ou três pés de bodes e, enquanto meu pai me levou para casa e minha mãe e minha bisavó (D. Vozinha) começavam a limpar e preparar os peixes, meu pai foi até o bar se encontrar com os amigos de pescaria para contarem suas aventuras piscosas. Naquela época meu pai era Delegado de Polícia Substituto ( função então passada ao Sr. Rodolfo Gential, da Selaria) e, naquela noite e naquele bar, meu pai foi, por razões que eu pessoalmente desconheço baleado por um tal de José Burgos e teve que ser levado às pressas ao Hospital de Tupã (talvez a Santa Casa), onde foi atendido em emergência pelo próprio pai, meu avô Dr. Pinto que lhe salvou a vida, após uma longa cirurgia que lhe levou boa metragem de intestinos. Como vocês vêem, não dá para esquecer aquela pescaria!!! Um grande abraço a vocês. José Sylvio |
Bem, como este teclador estava também por lá, darei um pequeno testemunho;
O meu pai, josé Sylvio, presenciou esta triste ocorrência com o seu, Sylvio Pinto, e nos narrou ao chegar em casa. Me lembro perfeitamente disso.
O cargo de Delegado de Polícia substituto, após o seu pai passá-lo ao sr. Rodolfo, este o passou para o meu pai.
Você citou dois ou três pés-de-bode. Pouca gente saberia dizer o seu significado hoje, que eram os Fordinhos ano 1929, dois dos quais, provavelmente, eram esses abaixo, em primeiro plano o do meu pai e em segundo plano o do Sr. João Correia, pai do nosso amigo João Correia Senna Filho, que agora reside em São José dos Campos, ficou de me visitar e ainda não veio. Chega aqui Joãozinho, comeremos um rodízio de alface. O J.Sylvio que o diga, pois precisa trazer aqueles deliciosos bifes de tira, se não quiser passar mal.
Na primeira foto, atrás do fordinho, vê-se o caminhão Chevrolet Brasil, um dos primeiros fabricados aqui, de propriedade do Laticínios Alta Paulista Ltda, cujo diretor era o saudoso Hélio Luiz Cabrine, também ex-prefeito de Herculândia, seu motorista era o Augustão preto, (ops! perdão ministra. Augustão afro descendente) marido da Santa, a quem envio um abração.
Tenho dito. Grande abraço a todos e muito obrigado por prestigiarem este espaço com um pedacinho da história do nosso querido torrão natal.
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