Deus usa coisas imundas para revelar sua graça

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Um vulto negro percorre o céu e pousa junto ao profeta. Todos os dias que Elias esteve às margens do ribeiro era essa sua visão, o obediente corvo trazia-lhe mantimentos. A raiz da palavra “corvo” no hebraico significa: anoitecer, escurecer. Já no grego, a mesma palavra significa: saciar, satisfazer. Isso nos lembra do salmo 30:5b que diz: “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã”. O corvo é principalmente necrófago (come carniça), mas também mata pequenas aves e mamíferos, numa dieta que inclui ainda ovos, caracóis e cereais, ataca lavouras e é considerada uma ave imunda (Lv 11:15). Na mitologia, os corvos são vistos geralmente como portadores de maus presságios, devido à sua plumagem negra e hábitos necrófagos. É interessante que Deus o utilize como exemplo de seu cuidado com os homens (Jó 38:41, Sl 147:9). Em Lucas 12:24 Jesus diz: “Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta. Quanto mais valeis do que as aves!” Deus tem a maravilhosa capacidade de transformar maldições em bênçãos, situações difíceis que nos sobrevém se tornam em experiências de cuidado em meio à escuridão, Deus usa coisas imundas para revelar sua graça (At 10 e 11), coisas que não são, para reduzir a nada as que são (1Co 1:28). Extraí o texto supra do site do Elias Codinhoto.

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Estão vendo as citações em vermelho? Pois é, fui comparado ao corvo por um líder religioso (não citarei sua crença para não desmerecer seus fieis) que não conheço pessoalmente, o qual também não me conhece e julgou-me por uma pequena ação de benevolência que pratiquei e por saber que não frequento igrejas. Esse líder é um PHD, tem igreja, recolhe dízimo de seus fiéis e me cita como corvo porque prestei um pequeno socorro a um seu fiel que estava a necessitar. Procurado anteriormente pelo seu fiel, o líder religioso se desvencilhou com belas argumentações bíblicas e não deu o pão a quem tinha fome. Se sente o salvador da humanidade. Eu, que dei um alimentozinho, sou um corvo, só porque não frequento igrejas.

Quando eu soube do fato, pelo próprio fiel, estava na presença de um amigo de fé, (não religiosa, claro) fiquei chocado e estremecido internamente. Esse meu amigo queria até adiar uma viagem para me consolar, claro, não permiti, já está na Via Dutra neste momento, isolei-me numa Lan House e aqui estou a teclar, com lágrimas nos olhos.

Não sou santo, não sou exemplo para ninguém, tenho meus defeitos, meus muitos vícios, não os escondo e não os nego, entretanto, pratico sempre o lema, "se não ajudar o próximo, não o atrapalhando, acho que já faço alguma coisinha."

Quanto a ti, irmão religioso praticante, desejo que o teu Deus, que não é o meu, te ilumine e que seus irmãozinhos humildes continuem acreditando nas suas pregações, as quais são reforçadas pela sua impecável aparência, principalmente quando envolto nesses seus ternos importados, camisas de grife, gravatas iguais àquelas emprestadas pelo famoso outro líder religioso que perdeu o emprego, a bordo do seu belo carrão preto.
Amém.

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