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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Já sei, tudo é tão efêmero, que chega a doer a alma...

Imagem do coisascomuns

Sbc., 18/03/09.
Amigos,

chove (e muito!) lá fora. Nem deu pra remendar o estrago, por dentro e por fora de nós, das chuvas de ontem.


Parece que abriu um baita buraco lá no céu, e isso provoca pancadas de chuva,
misturada com relâmpagos, promessas, indecisões, quietudes, surgimento de
preguiça, medo de tomar banho, vontade de beber cerveja ou vinho (de preferência), saudade, muita saudade de Amigos distantes, que transformaram chuvas e negritudes da noite em belíssimos pores de sol, luares e canções à moda antiga,em apostável bem-estar e ascensão de emoções autênticas...

Chove lá fora... Danadamente forte, e com tanto barulho de água que parecem lágrimas de concreto que caem e pousam pesadamente nos telhados, no chão, nas árvores quebradas ou por quebrar, nos corpos humanos lá na rua encharcada.

Sinto corpos humanos que passam correndo, desafiando a si mesmos num corre-corre fértil contra os malvados fios de aço da chuva...

Vou beber vinho. Prometo elevar a taça e brindar à nossa amizade... Por que será que não podem voltar mais algumas coisas boas da nossa vida, como o dormir desresponsável no berço, o puxar atrevidamente o olhar alto do pai bonito, o jogar bolinha de gude valendo a menina mais bonita da sala?

Já sei, tudo é tão efêmero, que chega a doer a alma...
Abraços.
Gêmiguel.

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