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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

domingo, 15 de março de 2009

O Grande José Paulo Ferrari mais uma vez frequenta este espaço para nos trazer sabedoria, muita sabedoria. Obrigado José Paulo.

Imagem do libertas http://www.libertas.com.br/site/index.php?central=conteudo&idMenu=17&id=2739&perfil=1&idEdicao=0

Saudações, meu caro e bom amigo Sérgio!

Recebi, recentemente, o presente material recheado de recordações. Para nós, que temos um pé no passado e outro no presente, como um imenso compasso que tem suas extremidades separadas pela linha do tempo, quando contemplamos imagens ricas de belezas que ficaram para trás, mas que continuam povoando nosso mundo interior plenos de sonhos e ilusões, somos tocados pela lembrança e nossa memória navega no tempo cheia das mais profundas emoções.

A isto chamamos saudade, palavra dolorosa construída somente pelo nosso povo para justificar os sentimentos que brotam na alma nutridos pela recordação! Como diria o poeta navegar é preciso. Mas, viver o presente, também, é preciso! Como tu, meu nobre amigo, tenho nas algibeiras do meu roto ser preciosidades para lembrar e para com meus amigos trocar.

Ainda sinto nos pés o frescor da terra solta da estrada que me permitia chegar até ao antigo grupo escolar, onde eu encontrava meus primeiros amigos para, antes de começar a estudar, um pouco brincar. Também, ainda, ouço o som do badalar do sino da igrejinha, que estava sempre a anunciar que era hora da ave-maria ou, então, dos fiéis chamar para a missa participar.

Como você, sou do tempo em que se pedia as bênçãos dos pais, ao levantar e ou a alma colocar para repousar. Que "licença" era palavra obrigatória para interromper falatório dos mais velhos ou simplesmente pedir passagem. E, "brigado" era sinal de gratidão pela vida, reconhecimento pelo prêmio de existir ou, ainda, pelo fato da mãe nosso prato servir. Mas, também, - como tu - procuro ser um homem de vanguarda, atento as coisas do mundo moderno para corresponder aos anseios daqueles que me rodeiam e que, de alguma forma, ainda necessitam de minhas humildes contribuições.

Mas, tenho minha memória alicerçada no passado que me ensinou coisas simples, como amar ao meu próximo, respeitar os mais velhos e admirar nos olhos puros das crianças a esperança do porvir!... De sentir na beleza do orvalho a grandiosidade de Deus, que concebeu a noite para a terra umedecer e fazer dela nascer as verduras que meus pais colhiam no quintal para seus filhos alimentar.

Bem, meu amigo Sérgio, é bom eu parar de falar, senão os olhos vão marejar e o coração apertar! Deixa-me aproveitar para ti desejar um domingo de alegria e paz, com uma semana de grandes e belas emoções!

Com saudades;
José Paulo

Em tempo: Se com o nosso querido amigo Felix você encontrar, não deixe de lhe dar, em meu nome, aquele abraço apertado recheado de saudades da pessoa e dos causos que ele esta sempre a contar!

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