A CONFRARIA DA TONTOLA PERDE MAIS UM QUERIDO MEMBRO

Acabamos de chegar da Missa de 7º dia por intenção da alma do companheiro Damião. Inacreditável. Até outro dia estávamos por aí, nos bares da periferia, tomando uma cervejinha, discutindo política e outras cocitas mas. O Damião era lulista roxo e eu, anti-lulista roxo. Me deu até o apelido de "Reclamão". Saudade meu irmão, muita saudade. Caboclo bom, lutador, trabalhador, do bem. Deixou sua querida Fernanda, seus filhinhos Jéssica, Heloisa e o Pedrinho, além de seus parentes. Pedrinho, 3 aninhos, no velório, dizia; Acorda aí Pai, você já dormiu demais. Quantas vezes não fomos ao Três Garças em Guaratinguetá. Difícil de acreditar. Apenas 33 anos, cheio de vida, saudável, concorrido. Como, tão próximo, não tive a sensibilidade de perceber o que lhe afligia.
Mais um companheiro da confraria da Tontola que parte desta para melhor. Segundo meu amigo Afonso, já sofremos uma baixa de aproximadamente 20%, em curto espaço de tempo. Talvez por isso não tenhamos nos reunido mais. É difícil, muito difícil. Saímos da igreja, Conventinho, na Vila São Geraldo em Taubaté, mais ou menos às 21,00 hs. e fomos até a Pizzaria do Jô tomar um lanche e uma vódka. Estávamos a comunicar o Jô e o Leandro, garção, os quais conheciam o Damião, derramando muitas lágrimas, quando lá chegou o irmão do Jéfferson, primo do Damião, com o qual partilhamos as lágrimas.
Que Deus o guarde no lugar merecido, meu querido Damião Peixoto Chaves, o garoto que veio do Rio Grande do Norte tentar a sorte em São Paulo, que comeu o pão que o diabo amassou e quando estava a usufruir um pouquinho do merecido conforto conquistado após tremenda luta, se foi, assim, de sopetão.
Saudade meu irmão, muita saudade.