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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

domingo, 13 de junho de 2010

Choramos a morte da árvore centenária

Obrigado Zezito. Um abraço.

(Que nossas lágrimas reguem a terra
e que as sementes da árvore centenária
façam surgir uma nova companheira
para a infância dos nossos netos)

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Choramos a morte
da árvore centenária
personagem central
da nossa infância

gigantismo surreal
frente à pequena riqueza
da nossa infância.


(Catástrofe ecológica em nossos corações enraizados)


Choramos a morteda árvore centenária
as raízes expostas longos, pétreos,

calosos cordões rumo ao infinito
penosamente expõem
quão profunda a relação
da nossa juventude com sua temperança.


(Resta-nos agora chorar a morte
da nossa velha árvore centenária)


Choramos a morte
da árvore centenária
esperávamos um dia
mostrar aos nossos filhos nomes troncamente escritos
velhos sonhos
que acabaram por tombar.


(Que nossas lágrimas reguem a terra
e que as sementes da árvore centenária
façam surgir uma nova companheira
para a infância dos nossos netos)


Ricardo Senna Guimarães

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