(Detail from Peace and Prosperity. Mural by Elihu Vedder)
Não importa a raça, o momento na história. Não importa o
povo, a nação ou a sociedade, sempre houve e sempre haverá entre os homens
almas destemidas, providas dos princípios de Justiça, de Igualdade e Liberdade.
Almas que, naturalmente, se rebelam e insurgem contra as injustiças sociais, o
autoritarismo e a corrupção, lançando mão de suas próprias habilidades, crenças
ou convicções.
E, embora, possa até mesmo lançar
mãos, em alguns momentos, da violência, suas ações repercutem através dos
tempos, como uma efetiva contribuição para a humanidade. Como um ensinamento ou
exemplo. Um alerta ou um apelo para o futuro.
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A grande marca, o quilate – talvez - de tais das Almas que fazem história, além do ideal, seja a fé em um porvir e a convicção em suas ações. Pois, eles - de maneira geral - sempre acreditam em um sonho que vagueiam em seus corações e que sem mantem vivo e perene em suas mentes, como um ideal de liberdade a ser conquistado em prol de outros.
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De alguma forma, sempre nos ensinam que é, pois, preciso
acreditar para realizar. E, se preciso for, morrer, através do sacrifício
consciente, para a Justiça prevalecer.
Muitos, embora sacrificados em benefício de outros, jamais
foram conhecidos ou reconhecidos e, portanto, não podem ser lembrados. São os
chamados heróis anônimos ou desconhecidos.
Outros são exaltados eternamente ou em um período ou outro,
já que a compreensão humana sobre justiça muitas vezes, também, podem se
afastar da Ética e compreender ou não as ações ou atos sociais.
O mundo em que vivemos esta longe daquele que
sonhamos ou desejamos para todos os nossos irmãos de humanidade. Mas, não há
como nãos sermos gratos, ao menos, aqueles que de alguma forma contribuíram
para as verdadeiras conquistas e avanços sociais. Aqueles que construíram, até
mesmo com suas vidas, estado de liberdade e de paz.
As imagens que ilustram este simples textos é uma evocação a
alguns heróis que constituem minha memória de simples menino do interior,
nascido no final dos anos quarenta neste país e que viveu a década de 60 na
esperança do encontro com a Paz.
Bem sei que muitos - como eu - também almejaram e continuam a
sonhar com o momento em que nunca mais o homem precise pegar em uma arma para
defender os direitos de cidadania, ou simplesmente lutar
para sobreviver.
José Paulo
Ferrari – Quaresma de 2013, 20 de fevereiro.
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