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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Saudade de Herculândia XLVI

Da JABIRACA, do valetão e das tesouradas;

Ola, Bom dia Sérgio;

Relembrando a Jabiraca, não sei se você se recorda ou se nesse dia você teria enforcado a aula, quando a dita cuja, no trajeto de volta para Herculândia, adernou, ou melhor dizendo, caiu no buracão da última subida, antes de Parnazo.

Naquele tempo, asfalto, nem em sonho. Era estrada de terra e areia mesmo, de Herculândia até Tupã e vice-versa. Na noite anterior desse indigitado dia havia chovido copiosamente e como era natural naqueles dias, os veículos procuravam passar sempre pelos mesmos trilhos da estrada para se evitar encalhes e nesse dia os mesmos se situavam do lado esquerdo daquela ultima subida, antes de chegarmos a Parnazo e perigosamente, bem ao lado de um valetão, que pela ação do tempo, mais parecia um estreito de
spenhadeiro.

Pilotava a JABIRACA nesse dia o figuraço do Enoche, que deveria ser irmão de criação do Bigode e naquela subidona toda,
a dita cuja JABIRACA, ,já ocupando a primeira marcha, ia subindo lenta e languidamente aquele aclive, a modorra quase tomando conta de todos aqueles esfomeados, deveria ser por volta das 13:oo ou 14:00 horas e o piloto Enoche, por sua vez e pelo próprio estilo de pilotar, procurando também passar o tempo naquela subidona interminavel, calmamente mostrava as fotos da família para as meninas do banco de trás, quando repentinamente, nada mais do que repentinamente, a Jabiraca vagarosamente, começou a escorregar de lado e aí todas as manobras tentadas pelo timoneiro Enoche, já tomando pé da situação, embora tardiamente, restaram infrutíferas e o Jabiracão, inexoravelmente, veio a cair de lado naquele valetão do lado esquerdo da estrada, ficando com as rodas do lado direito em pleno ar.

Dentro do Jabiracão foi um furdunço. Gritaria, choro e todo mundo ao mesmo tempo procurando se safar daquela situação incomoda, pela porta e também pelas janelas.

Foi um "quiproquo" como se diz e naquele alvoroço todo, ainda teve alguém que eu já não me lembro quem, se
o Carlito ou o saudoso Geraldo, (Sérgio diz:Creio que foi o saudoso Flávio Simões) ou quem quer que fosse, que teve a pachorra de gritar mais alto que os outros:
"CADÊ O MEU GIBI !!!!!..."
Abraços
Beltran

PS. Qualquer dia desses, em outra oportunidade, vou te lembrar do dia em que duas meninas, dentro da JABIRACA, se pegaram a tesouradas.

Bom meu querido Beltran:
Você descreveu com incrível fidelidade este incidente ocorrido. Pena que não tenhamos fotos da época para ilustrar, entretanto, remexendo o bau, encontrei estas duas poses de outro incidente ocorrido nessa mesma estrada, o que confirma sua detalhada narrativa.
Este incidente aconteceu com o caminhão Reo, ano 1949, que era do meu avô e dirigido pelo meu tio Jesus, esse que está internado no Hospital Evangélico de Tupã, vitimado por AVC. Interessante que o PM que lavrava o boletim de ocorrência, no paralama do Jeep da Delegacia de Polícia de Tupã, também era o meu tio Antonio.

Quanto às tesouradas, podemos contar sim, entretanto, sem citar nomes, né, não?

Muito bem Beltran, recordar é viver.
Muito obrigado pelo carinho e um grande abraço a você e aos nossos amigos herculandenses.

PS: Bom ressaltar que este trecho da estrada pertencia ao município de Tupã, sendo Parnazo seu Distrito. O trecho de rodovia que pertencia a Herculândia sempre foi dos melhores conservados de toda a região e vocês são testemunhas.

Um comentário:

  1. Caro Beltran, Parabéns por sua narrativa. Está muito bem escrita. Vamos indicá-lo ao Sergio para fazer parte integrante da pleiade de escribas do bloguinho!!! Não fiz parte da turma da Jabiraca, mas escujtei muitas estorias sobre as peripécias dos estudantes no trajeto Herculândia-Tupã-Herculândia. Mas a briga das tesouras foi muito comentada ao longo dos anos e será muito interessante revivê-la. Um abraço.

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