INFORMAÇÃO & OPINIÃO
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Jorge Béja
Perto de completar 61 anos de idade, o jornalista e
advogado carioca José Carlos Cataldi tem vasta bagagem profissional
e rico histórico de vida. Presidiu a Comissão Nacional de Direitos
Humanos da OAB; por quatro mandatos, integrou o Conselho Federal da entidade;
fundou a Rádio CBN e foi seu principal âncora;
foi apresentador da Rádio Nacional do Rio, da TV Rio/Record, Rede
Manchete e TV Educativa/RJ.
Recém anistiado político, Cataldi é hoje
colunista do Jornal da Cidade, do São José dos Campos Diário e da Rede de
TV Novo Tempo, em Pindamonhangaba (SP), onde há 6 anos está radicado com sua
família.
Nesta entrevista ao Blog da Tribuna da Imprensa,
Cataldi faz uma revelação que preocupa sobre a contratação pelo Brasil de
médicos cubanos, sobre quem não hesita em dizer: “Têm formação
precária e estão numa faixa um pouco acima dos pajés e curandeiros”.
1)
Quais foram suas viagens internacionais como
conselheiro do Conselho Federal da OAB e presidente da Comissão
Nacional de Direitos Humanos da instituição, de quem partiram
os convites e quais as finalidades das viagens?
Viajei a Israel, para
acompanhar o início das negociações de paz com os Palestinos, a convite do
governo, e acabei reabrindo as negociações para a libertação da brasileira
Lâmia Maruf Hassan, condenada sem provas a duas prisões perpétuas. Aos Estados
Unidos, a convite do governo Bill Clinton e a Cuba, representando o Instituto
dos Advogados Brasileiros, na Conferência de Juristas Latino Americanos, aberta
e presidida por Fidel Castro. Outras viagens foram à Bolívia,
para libertar o brasileiro Alberto Alegre, preso ilegalmente, e, ao
Paraguai, para negociar a libertação de brasiguaios, que trabalhavam em fazendas
na fronteira.
2) O Brasil está
contratando médicos estrangeiros e o maior contingente vem de Cuba. Qual
seu comentário?
Acho péssimo,
principalmente da forma que essa importação está sendo feita, às pressas, sem
medir conhecimentos. Sobretudo dos cubanos, cuja formação é precária, sem
fontes de estudo. Até bem pouco tempo, sem acesso a internet. Contraste com a
opulência em que vivem os graduados do partido na “Marina Hemingway”.
3) Quanto
tempo permaneceu em Cuba e o que tem a dizer sobre a medicina e o
atendimento médico-hospitalar da ilha?
Permaneci duas
semanas. Não há equipamentos. Tudo é precário. A Medicina é precária. Rara
a unidade que possui raios X. Logo, os médicos, nos seus estágios, não têm
acesso ao que há de mais moderno. Estão numa faixa um pouco acima dos pajés e
curandeiros.
4) Qual a
contribuição que os médicos cubanos poderão dar à população brasileira?
Pouco farão. Poderão
curar pela autossugestão com a eficácia de um placebo ministrado como se fora a
droga apropriada ao mal.
5) Lembra de algum
fato presenciado em Cuba que recomenda, ou não, a contratação de
médicos cubanos pelo Brasil?
Primeiro, a má
formação. Segundo, o desemprego que os leva a abandonar família e tudo o mais
em busca de um alento. Há médicas se prostituindo em hotéis. Há médicos que
deixam programas internacionais, como este do Brasil, para receber gorjetas em
dólar, como o que me servia à piscina do luxuoso hotel em que me hospedei.
Tristeza num país que ainda tem um povo de espírito alegre como o nosso baiano.
Afinal, a mesma nação de escravos que chegou a Salvador (BA) foi a que
concorreu para a formação étnica cubana.
José Carlos Cataldi administra o Blog Pensando em Você, indicado ali na barra lateral===>
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