"Cartão da
paquera" é encontrado em livro doado ao Instituto Histórico e Geográfico
do RS
30 de setembro de
2013
Cartão de
galanteio encontrado em meio a um livro que pertencia a Othelo Rodrigues Rosa.
Foto: Arquivo
Pessoal
O gaúcho Othelo
Rodrigues Rosa nasceu em Montenegro em 1889 e morreu em Porto Alegre em
1956. Ele foi um homem eclético:
jornalista, escritor, poeta, historiador e promotor nomeado em 1911. Em 1915,
tornou-se secretário particular do governador Borges de Medeiros. Membro do
Partido Republicano Rio-grandense elegeu-se deputado estadual. Foi também o
primeiro secretário de Educação do RS, no governo Flores da Cunha. Redator do
jornal O Taquaryense, diretor de A Federação (1925/1930) e do Jornal da Noite
(1931/1932). Membro do Instituto Histórico e Geográfico do RS (IHGRGS) e da
Academia Rio-grandense de Letras é o autor do livro Vultos da Epopeia
Farroupilha.
O acervo
bibliográfico que ele reuniu ao longo da vida, doado pela Assembleia
Legislativa ao IHGRGS, era eclético como ele. Os títulos vão de obras de Eça de
Queirós até coisas como A vida sexual dos macacos. Recentemente, ao manipular o
conjunto de bens culturais recebidos, a funcionária Márcia Piva Radtke
encontrou entre as páginas de um dos livros o curioso cartão reproduzido acima.
Homem de interesses múltiplos, provavelmente Othelo julgou interessante guardar
esse galanteio impresso em papel, por algum “profissional” do fazer a corte às
damas da época. Tão provável quanto à possibilidade desse não ser o único
exemplar dessa manifestação de amor arrebatada, transcrita em letra de fôrma,
pronta para circular em grande quantidade. Tudo indica que, no passado, o dono
do cartão se deu bem, a julgar pela inequívoca marca que se observa no canto
inferior direito do cartão.
Raul, em Herculândia, quando adolescente, lembro-me de que a isso chamávamos "Correio Elegante", sendo inscritos nos cantos; SIM, NÃO, AMOR, AMIZADE.
Obrigado e um abraço.
O Trovador
ResponderExcluirSonhei que eu era um dia um trovador
Dos velhos tempos que não voltam mais
Cantava assim a toda hora
As mais lindas modinhas
De meu tempo de outrora
Sinhá mocinha de olhar fugaz
Se encantava com meus versos de rapaz
Qual seresteiro ou menestrel do amor
A suspirar sob os balcões em flor
Na noite antiga do meu Rio
Pelas ruas do Rio
Eu passava a cantar novas trovas
Em provas de amor ao luar
E via então de um lampião de gás
Na janela a flor mais bela em tristes ais
http://letras.mus.br/marchinhas-de-carnaval/528856/
RAUL RIBAS