enaltece o Mestre José Paulo Ferrari, o qual permitiu que seu pensamento flutuasse ao sabor do vento, levando-o ao saudoso CINE SÃO LUIZ, e a perspectiva que se alinhava ao cinematógrafo:
Bom dia, SERGIO:
“Deixa vir à criança. O menino, a menina, que ainda sobrevive no seu inconsciente e que às vezes, se revela poderoso, vivo no fundo de seu coração. Misture o circo e o cinema. Envolva teatro e televisão.”
(Ferrari)
Sérgio, existe aquele antigo provérbio que diz:
“Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és.”
Sempre que disponho de algum tempo obrigatoriamente dou uma passada pelo seu Blog e além de seus judiciosos comentários e os do Zé Sylvio, também leio com muita atenção os comentários desse seu amigo José Ferrari, a meu ver, embora não o conheça pessoalmente, revela tratar-se de uma alma especial (la alma) e uma valiosa fonte de inspiração. Com toda a certeza além de seu talento natural, deve ser um profundo estudioso e conhecedor de Filosofia, Psicologia e humanas afins. Parabéns!
Sobre o cinema de Herculândia, antes do cine São Luiz, instalado pelo saudoso Luiz Mouroe que depois passou para o saudoso Domingos Gordo, você deve se lembrar do antigo cinema de nossa meninice que funcionava em um prédio antigo que deu lugar ao Herculândia Clube, este por sua vez fundado
pelo que sei pelo Sr. João Galina, que ainda está vivinho da Silva.
Nesse antigo cinema de nossa infância e adolescência, assisti um filme pela primeira vez – Superman, parece mentira mas é verdade, já naquela época havia filmes de Superman e esse deveria ter sido rodado do final dos anos 30, inicio dos anos 40, com efeitos especiais e tudo o mais, principalmente as cenas de voo do super homem que me pareciam ser desenhadas com deslocamentos aos trancos. Inesquecível a cena em que o super homem segurava com as mãos um sedan Ford preto recheadinho de malfeitores. Também, e você deve se lembrar, do seriado do Flash Gordon, igualmente riquíssimo em efeitos especiais. E como esquecer das músicas que antecediam o início das sessões cinematográficas, geralmente limitadas a duas naquele antigo cinema, sendo uma delas a belíssima Aria (mas apenas orquestrada) “La Barcarole”, da opera “Contos de Hofman” do franco alemão Jaques de Ofenbach e outra a não
menos bela “O despertar na Montanha” de um nosso patrício cujo nome não me vêm à memória. Essas músicas ficaram gravadas para sempre em minha memória.
Bons tempos aqueles em que mais predominava o bom gosto
musical, ainda não tão poluído quanto hoje. Depois já à época do Cine São Luiz, vieram os boleros, sambas canções ainda de razoável bom gosto, tempo da bohemia e da dor de cotovelo (Quiçás, El reloj, Maria Bonita(Recuerda-te de Acapulco) de Agostin Lara e outros.
Dos Parques de Diversões e Circos quem não se lembra do clássico Bolero de Ravel, tocado quase à exaustão nesses locais. Já havia a música Sertaneja sim, iniciando na voz de Tonico e Tinoco, segundo me lembro. Mas nos aparelhos de rádio de então, à válvulas (ondas curtas, médias e longas), que captavam os sinais em extensas antenas de 15 a 20 metros ou mais esticadas sobre duas varetas de 05 a 08 metros de altura, podia-se ler no Dial locais como: London (londres), Elsink (devia ser
da Finlândia), Boston, Oslo e a música que então se podia ouvir, você já pode imaginar. Era isso tudo, mais antigas valsinhas daqui mesmo, de bom gosto, sertanejos como Luar do Sertão, Maringá e outras, mas nada que se compare à poluição sonora ensurdecedora de nossos dias.
Enfim, como já dizia aquele antigo ditado latino, o homem é o seu próprio lobo, mas vamo qui vamo.
Mas Sérgio o prédio do antigo cinema, não sei se você se lembra, havia sido adquirido, após a desativação do cinema, por um grupo de cidadãos e doado à Prefeitura Municipal para
nele ser instalada uma casa de cultura que bem poderia abrigar um museu de Herculândia. Contudo com a falta de espaço físico para o desenvolvimento de políticas sociais, o local vinha sendo utilizado para escola de artesanato.
Uma boa nova é que, finalmente, por iniciativa da atual administração do município (Adorno e Rosalba), aquele local será utilizado para a finalidade para a qual fora doado;
Casa de Cultura e iniciativas nesse sentido já foram tomadas e minha filha caçula Anaceli, já deu uma pequena ajudinha nesse sentido..
Por fim só me resta dizer: grande sacada essa hoje do JOSÉ PAULO FERRARI
Abraços à você e aos seus,
BELTRAN.
Bom, meu caro Beltran, fico-lhe imensamente agradecido pelo prestígio ao bloguito, pela maravilhosa crônica elaborada e reconhecimento dedicado ao Mestre José Paulo Ferrari, que com paciência, nos atura e sempre abrilhanta este espaço com seus escritos de enorme conteúdo filosófico. Destaco nesse ser humano especial, dentre outras qualidades, sua capacidade, humildade e espiritualidade, imagine que já palestrou no ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Ei-lo no auditório de lá ladeado pelo amigo comum Félix.
Quanto ao cinematógrafo herculandense, tenho na memória resquícios do precursor, que foi o Cinema do Carlito. Pesquise com a velhíssima guarda que alguém deverá lembrar.
Fico feliz ao saber que o Cine São Luiz terá destino nobre e principalmente, com a colaboração da sua filha Anaceli.
Formatei o arremedo do filmete supra, com algumas lembranças do que ocorreu neste cinema e ao final postei algumas imagens de uma atriz herculandense, Rosário Garcia, minha tia e sogra do Félix, que trabalhou em três filmes, O Tigre, Cais do Vício e Luta nos Pampas (este o assisti aí) mais uma das suas gravações.
Grande abraço meu caro Beltran e muito obrigado.
Amigos,havia postado um comentário hoje pela manhã mas ele simplesmente se evaporou. Coisas da internet... vaí saber!
ResponderExcluirRealmente os primeiros filmes foram projetados no prédio que veio a ser o HClube. Lás não nbos devemos esquecer do seriado da NIÓKA e depois mudou de prédio para a praça, vizinho do meu tio Amador Flávio Simões. Lá, além do FLASH GORDON, outros seriados foram apresentados: OS TRILHOS DA MORTE e BOMBA (uma espécie de Tarzan Jovem...). Dá pra escrever um livreo só sobre o Cine São Luiz, as sessões família, as matinês de domingo, as trocas de Gibis e figurinhas, os seriados, o Serviçlo de Alto Falantes do locutor Flávião, as sessões pornô que viamos de cima de um tambor no quintal da casa dos meus primos Flávio e Ayrton... Cada uma!!!
Bem amigo Beltran, se finalmente o prédio está sendo utilizado para a finalidade a que se propôs, meus cumprimentos aos Adorno pela decisão de retomar o rumo traçado.
Abraço a todos,
ZS:
ResponderExcluirO seu comentário está no post do Ferrari, um pouco mais para baixo, pois pela manhã esta postagem não estava pronta, só saiu na hora do almoço.Veja lá.
E o cineminha do Carlito? Alguém deve se lembrar.
E o refresco de abacaxi da Sorveteria do Fukushiro?
Abração meus amigos e obrigado.
Sérgio.
Caramba Sergio, não estou lembrado do cineminha do Carlito. Dá uma refrescada na memória p.favor? Abração amigo. Já vi o post lá no Ferrari. Muito boa a crônica dele (como sempre) e a participação do Beltran.
ResponderExcluirAbração.