Essa é para maiores de 50 anos...(mas agrada aos mais jovens).
Não percam essa parte da nossa história que aos poucos vai se perdendo!
Antes de (re)ver o filme leia a lenda:
José Raul Machado Ribas
Há uma antiga lenda japonesa datada do período Muromashi (século XV) que um pescador chamado Urashima Taro salvou um tartaruga de um grupo de rapazes que a estavam maltratando.
No dia seguinte, uma tartaruga enorme se aproximou dele e lhe disse que a pequena tartaruga que ele salvara era na verdade a filha do Imperador do Mar, que gostaria de vê-lo e agradecer-lhe. Ela permitiu que ele subisse em suas costas e, através de magia, fez surgir brânquias em Taro para que ele pudesse respirar debaixo d'água.
Assim pôde levá-lo a uma viagem para conhecer o fundo do mar e o palácio do rei-dragão. Lá o pescador se encontrou com o imperador e com a sua filha, a pequena tartaruga, que agora estava transformada em uma bonita princesa.
Taro ficou no palácio como hóspede de honra e muitas festas foram feitas em sua homenagem. Assim foram se passando os dias. Embora feliz nas águas marinhas, Urashima começou a sentir saudades de sua terra natal e de seus parentes, e pediu para voltar.
Ao partir, recebeu da princesa uma arca de presente, com a promessa de que só a abrisse quando ficasse bem velho e de cabelos brancos.Ao chegar em sua cidade não a reconheceu, pois estava tudo muito mudado. Ele não conseguiu reconhecer nenhuma das pessoas da vila, os lugares já não eram mais os mesmos.
Começou a perguntar se ninguém conhecia um pescador chamado Urashima Tarō. Algumas pessoas disseram que tinham ouvido falar de alguém com esse nome, que havia desaparecido no mar muitos anos atrás. Taro acabou descobrindo que haviam se passado trezentos anos desde o dia em que havia decidido ir ao fundo do mar.
Tomado de grande tristeza, foi para a beira do mar na esperança de reencontrar a tartaruga, mas desesperou-se porque esta demorava e acabou abrindo a caixa que a princesa lhe havia oferecido. De dentro dela saiu uma nuvem de fumaça branca, que o envolveu.
De repente, seu corpo tornou-se velho e enrugado, nasceu-lhe uma longa barba branca e suas costas curvaram-se com o peso de tantos nos.
E do mar veio a voz doce e triste da princesa: "Eu lhe disse para não abrir a caixa. Nela estavam todos os seus anos …" A caixa continha a "eterna juventude" de Urashima Taro e o pescador, sem reconhecer seu valor, deixou-a ir-se para sempre.
O "JINGLE" DA VARIG (anexo) - No final dos anos 60 a Varig inaugurava sua rota do Brasil ao Japão e para comemorar, encomendaram ao notável "jinglista" Archimedes Messina que baseado na lenda, fez uma adaptação genial e acabou se transformando num enorme sucesso e até hoje é um dos "jingles" mais tocados no Brasil em todos os tempos.
A gravação ficou a cargo da "Target Audio", a produção ficou a cargo de "Eduardo Barros" e a voz é da cantora japonesa Rosa Miyake que naquela época fazia um sucesso enorme com o programa "Imagens do Japão" da Rede Record.
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