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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As Musas são que nos dão inspiração.

Naquelas tardes de domingos diante da grande tela, enquanto nosso corpo se esquecia na cadeira dura de madeira, ao contrario, nossa imaginação se remexia e encontrava sua exaltação nos estímulos coloridos e nos belos sons e, fantasticamente, ia plantando as bases que dariam origem a nossa própria formação.
E assim, aos poucos, a vida ia compondo, pela força da fantasia em nosso interior, o que hoje somos no mundo e ditando as regras de como devem ser as nossas ações! Pois, os imortais sons, unidos aos harmoniosos movimentos, tomaram vidas e se perpetuaram na nossa imaginação, criando as possibilidades de percorrermos outras dimensões.
Na beleza das aventuras de nossos heróis, que em verdade eram simples, mortais e vulneráveis, o nosso pobre e infantil coração freneticamente pulsava em grandes emoções, por que, no mundo de nossas quimeras, sonhávamos também com os beijos e os toques suaves daquelas que representavam as possibilidades de nossas conquistas, porque eram as nossas musas, filhas dos nossos próprios ideais da perfeição!
Foram momentos inesquecíveis de verdadeiros encantos e profundas emoções. Instantes mágicos que promoveram as mais sólidas e significativas construções e nos iniciaram na vida, nos impulsionando às nossas próprias e futuras realizações!
Porém, o tempo foi e se desfez diante de nós, propondo o desencanto, trazendo o enfrentamento com as duras realidades neste mundo de agitação, que a cada instante é tocado pelas constantes e modernas transformações.
Mas, mesmo que imerso no mundo encantado de nosso interior e escondido nos escombros de nosso inconsciente, ainda somos o menino apaixonado, sem pecado, pelas divinas musas que trazem à nossa consciência as mais belas inspirações! Pois, suas imagens, lembranças vivas em nossa imaginação, ainda irradiam o amor, a esperança e a sedução, nos tornando poetas do novo milênio e, também, nos incitando à algumas ousadas criações!
Por estas e por outras razões é que continuamos vivendo, percorrendo os caminhos da evolução e, também, envelhecendo nas aventuras amorosas, ainda que no mundo da imaginação, que promovem em nós as mais pueris realizações.
Hoje, agora, aos sessenta anos quando, também, me aproximo do instante sagrado de minha solene separação deste mundo de ilusão, não tem como eu não ser tocado pela saudade dos momentos que ficaram no passado, das lembranças infantis dos antigos cinemas que nos ofertaram imagens que não se corromperam jamais, e que se mantém imutáveis, quase imortais, lá... bem no fundo do meu coração.

José Paulo – domingo, 8 de novembro de 2009.


Clicando aqui saberão de onde surgiu a inspiração do autor:
http://ecoeantigos.blogspot.com/2009/11/idade-de-minhas-meninas.html

Muito obrigado José Paulo Ferrari por mais esta contribuição com o ecoeantigos.

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