O VALE REVISITADO
(01/11/12)
O Vale, ah, o Vale,
quantas saudades me traz!
Nem me fale
– por favor, não me faça sofrer...
Depois que de lá saí,
meu coração nunca mais
foi o mesmo,
bateu prá trás, esquisito,
mais dilatado,
e passou a viver
de emboscadas e ais,
mudou,
e, acredite,
tornou-se sombrio e fatigado...
Minha alma, fora dos costumes,
trauteia
sob travesseiros corrompidos
de canções e façanhas
emergidas de amores e buscas
refletidos, disfarçadamente,
no rio Paraíba...
O Vale
de amigos destemidos,
que me emprestavam
a serenidade de espírito
e a aventura indescritível
diante da vida...
O Vale
de tantos jardins e segredos,
e também de tantos degredos...
Te amei, Vale, sem saber
com que profundidade,
seja na pureza do Arimathea,
na educação do Flávio,
na franqueza do Arnaldo,
na ousadia do jovem e alegre Cury,
na agudeza de espírito do ‘grande’ Serjão...
O Vale, ah, o Vale... Que saudade!
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