Antigamente, ir à escola era uma chatice completa. Começava com o uniforme lavado e em ordem, passava pela exigência de estudar p’ra diabo e terminava no fato de os professores terem autoridade sobre crianças e adolescentes, de tal sorte que, uma vez chamados os alunos à atenção no colégio por alguma falta como deixar de apresentar a tarefa, portar-se desagradavelmente ou, ousadias das ousadias raríssimas, dar uma resposta atravessada, ai do estudante que chegasse em casa e comentasse o assunto com os pais! Era mais bordoada e castigo.
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Graças a Deus, o tempo passou e tudo se modificou para muito melhor, com o professor colocado no seu devido lugar de BBCBF - Babá de Boca Calada e Bolso Furado -, o aluno totalmente senhor da escola e os pais afinadinhos com seus filhotes, havendo eles cegado ou não algum mestre mais abusado que os tenha repreendido por, por exemplo, estarem fazendo sexo no corredor da escola ou terem urinado no meio da sala de aula. Ou seja, as coisas tiveram uma evolução muito melhor que aquela sonhada por estudantes de antanho, esse antanho tendo começado a se desenhar ainda nos anos 60, mas com destaque para a década de dois mil, quando manda quem pode e obedece quem tem juízo. Isto é, mandam pais e filhos, obedecem os professores.
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Uma coisa muito linda mesmo.
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O governo de São Paulo, empenhadíssimo em melhorar ainda mais o nível de sua clientela escolar, inventou um projeto bacaninha chamado Ler e Escrever, porque segundo a professora que capitaneou a iniciativa, “a gente tem de substituir aquilo que não tem em casa”, por isso foram distribuídos uns livros inéditos nas escolas.
Bom, para continuarem lendo esta crônica da Doca Ramos Mello, a quem agradecemos pelo envio da mesma, terão que clicar aqui.
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