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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O senhor inspetor de trânsito, todo cheio de razão . . .

Pois é, a moça Diane, (Daiane, faz questão) me contou esta história agora há pouco num bar da periferia da vizinha Taubaté.

Seu pai, sexagenário, com aposentadoria mirradinha, precisando continuar trabalhando para sustentar a família, tem um carrinho de lanches na avenida, num bairro de ligação entre os municípios Tremembé/Taubaté e todas as noites reboca o carrinho de sua casa até o ponto estratégico, onde passam muitos carros e pessoas, com sua Brasília 1975, verde abacate, adaptada para tal finalidade.
Não é que numa dessas tardes, quando se dirigia ao ponto estratégico, com seu reboque, foi parado por um inspetor de trânsito que iniciou uma fiscalização. Estava tudo em ordem, com exceção, segundo juízo do senhor doutor inspetor, que julgou assim no olhômetro, que o pneu dianteiro direito não estava com a milimetragem de banda de borracha adequada, de conformidade com o que estabelece o CBT – Código Brasileiro de Trânsito e tascou-lhe a multa correspondente. Uma fortuna, para os padrões do pobre serviçal. Infrutíferos foram os argumentos do calejado trabalhador, reforçando que o trajeto de sua casa até o ponto escolhido não passava de meros 300 metros, isto mesmo minha gente, apenas e tão somente 300 metros de distância e que nem trocava de marcha, pois o fazia todo o tempo em primeira marcha, devagarzinho, a 20 quilômetros por hora. Não houve condescendência, nem bom senso, nem piedade. Mais uma multa a engordar os abarrotados cofres públicos, cada dia mais necessitados do vil metal, venha de onde vier.

Fosse o senhor doutor inspetor, autoridade de um governo sanguessuga, dotado de um mínimo sentimento de justiça, avaliaria o quadro apresentado e aplicaria as regras estabelecidas pelo evangelho, permitiria que o pobre homem seguisse seu destino e fosse trabalhar até às 22,00, 23,00 24,00 horas ou mais, para poder fazer frente às responsabilidades que lhe caem sobre os ombros, pois mesmo aposentado, tem que continuar trabalhando, comportamento bem diferente do que um dia lhe prometeram, ao vivo e a cores, textualmente "


"...viver no Brasil como vivem na Europa, indo de caravana da Suécia para a França, da França para a Itália, da Itália para a Alemanha. Vamos recuperar a dignidade de que o aposentado brasileiro precisa ter e já teve um dia neste País."
Daria tudo para assistir o comportamento desse mesmo senhor doutor inspetor de trânsito, numa avaliação perante o condutor de terno e gravata, ou da moçoila ali ao lado, pilotando um automóvel Ferrari, ano de fabricação 2009, modelo 2010, cor vermelho.

Passados alguns meses, o pobre trabalhador precisou fazer vistoria na Ciretran – Circunscrição Regional de Trânsito para transferir e emplacar o veículo e o mesmo obteve aprovação, com o mesmo pneu dianteiro direito no local, apesar de pagar todas as novas taxas inventadas recentemente pelo governo estadual, inclusive pagando em duplicidade a placa, mais a tarjeta, pois agora inventaram o prazo de validade das placas, isto mesmo, ainda que estejam em bom estado de conservação, precisam ser trocadas.

Como diz o poeta, É fogo irmão, é fogo. Em cima uma laje, em baixo escuridão.
Serjão..

Fotos do Google imagens.

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