Que bom, estão reclamando que até agora não atualizamos o ecoeantigos, então vamos lá.
Os vizinhos preparam festa junina para o final de semana e o Durand, da SAL – Sociedade Amigos do Lessa, ligou solicitando um garrafão da cachaça Tontola para preparar o quentão.
Caro Durand, até quinta-feira vocês receberão um garrafão de cachaça, entretanto, nos perdoe, não será Tontola, buscaremos a “marvadinha” de um alambique nosso conhecido aqui na região.
Acontece que a Tontola não é recomendada para quentão, caipirinha, licor, etc., pois é maturada por uns dois anos em barris de carvalho, sua coloração fica ligeiramente amarelada, o sabor amadeirado e um buquê, modéstia à parte, de lamber os “beiços”.
Tem mais, fornecer Tontola em garrafão é quase impossível, pois a produção é limitadíssima. A cana, "ORGÂNICA", sem a utilização de defensivos e adubos, só os orgânicos, atualmente cultivada em nosso terreno junto ao alambique, não sofre processo de queima, é lavada unidade por unidade em água corrente tratada, o que gera garapa nobre, livre de impurezas e insetos, passando a seguir por processo de fermentação absolutamente natural, por período de até 24 horas, dependendo da temperatura ambiente. É produzida em micro alambique, com capacidade para 8,5 litros de garapa fermentada, destilada na velocidade de 500 mililitros por hora. Em média, uma dose (50 mililitros) demora 6 minutos para ser processada.
Importante ressaltar que o amigo Rocine, ex-vizinho nosso, químico, caboclo sério, respeitadíssimo, aposentado da Villares, desenvolveu fermento orgânico de primeira linha e sempre que precisamos, nos ajuda na formação do mesmo, pois este é o segredo da boa cachaça.
Devido à pequena capacidade produtiva, Tontola é apresentada em seu aspecto original em embalagem de vidro, ressaltando a sua característica de transparência, evidenciando um verdadeiro "CRISTAL" ou "CRISTAR", como diz outro amigo nosso, o Macedo, um dos nossos professores, e também envelhecida por no mínimo um ano em barris de carvalho, carvalho brasileiro e castanheira, resultando em leve ou acentuada coloração amarelada, dependendo da madeira em que ficou descansada.
Já que, inspirado, aprofundei o papo, citarei ainda pessoas especiais que também, sem qualquer interesse, nos ajudaram a conhecer um pouquinho da produção deste precioso líquido (Putz, nos perdoem os religiosos, os abstêmios, os certinhos, fazer o quê, né?), transcrevendo o que escrevi no YouTube ;
“... homenageia três pessoas que fazem, que produzem, que ensinam, que lutam, que trabalham, que brilham... Flávio José, do Alambique do Antenor, em Caçapava, situado na rodovia que liga a Jambeiro, próximo da Via Carvalho Pinto, ex-presidente da Associação Paulista dos Produtores de Cachaça Artesanal, o qual, em parceria com o Mestre Luiz Pasin, titular do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté, trouxeram, no dia 22 de setembro do ano de 2004, para uma palestra sobre A cultura da cana de açúcar, o também Mestre, Chefe do Departamento de Biotecnologia Vegetal da Universidade de São Carlos, o Doutor Marcos Antonio Sanches Vieira, que conseguiu, em um único dia, nos transmitir conhecimentos sólidos sobre as atuais técnicas do plantio dessa variedade”.
O sr. Roberto também foi fundamental no nosso aprendizado, não é mesmo Afonso? Só que não quer figurar.
Para finalizar, e tentando justificar a lastimável produtividade, lembramos que a Tontola é gerenciada por dois septuagenários e quando um está gripado, o outro está reumático, quando um sara, o outro adoece, quando está tudo bem, o pessoal entra em greve, quando acaba a greve, vêm as férias, quando acabam as férias, falta cana, quando tem cana, não tem vasilhame, quando o Fernando arruma vasilhame, não tem rótulo, quando tem rótulo, não tem rolha, quando tem rolha, falta motivação, quando está para chegar a motivação, entra-se em depressão, quando a depressão amaina, chove, quando para a chuva, não tem energia, quando chega a energia, acaba a água, quando a água chega, escureceu, quando . . .
Abração amigos e que a festa junina do bairro seja verdadeiro sucesso.
Tontola, cachaça de excelência, se distingue das demais, porque enquanto as outras jorram, TO N TO L A pinga, pinga, pinga...
Os vizinhos preparam festa junina para o final de semana e o Durand, da SAL – Sociedade Amigos do Lessa, ligou solicitando um garrafão da cachaça Tontola para preparar o quentão.
Caro Durand, até quinta-feira vocês receberão um garrafão de cachaça, entretanto, nos perdoe, não será Tontola, buscaremos a “marvadinha” de um alambique nosso conhecido aqui na região.
Acontece que a Tontola não é recomendada para quentão, caipirinha, licor, etc., pois é maturada por uns dois anos em barris de carvalho, sua coloração fica ligeiramente amarelada, o sabor amadeirado e um buquê, modéstia à parte, de lamber os “beiços”.
Tem mais, fornecer Tontola em garrafão é quase impossível, pois a produção é limitadíssima. A cana, "ORGÂNICA", sem a utilização de defensivos e adubos, só os orgânicos, atualmente cultivada em nosso terreno junto ao alambique, não sofre processo de queima, é lavada unidade por unidade em água corrente tratada, o que gera garapa nobre, livre de impurezas e insetos, passando a seguir por processo de fermentação absolutamente natural, por período de até 24 horas, dependendo da temperatura ambiente. É produzida em micro alambique, com capacidade para 8,5 litros de garapa fermentada, destilada na velocidade de 500 mililitros por hora. Em média, uma dose (50 mililitros) demora 6 minutos para ser processada.
Importante ressaltar que o amigo Rocine, ex-vizinho nosso, químico, caboclo sério, respeitadíssimo, aposentado da Villares, desenvolveu fermento orgânico de primeira linha e sempre que precisamos, nos ajuda na formação do mesmo, pois este é o segredo da boa cachaça.
Devido à pequena capacidade produtiva, Tontola é apresentada em seu aspecto original em embalagem de vidro, ressaltando a sua característica de transparência, evidenciando um verdadeiro "CRISTAL" ou "CRISTAR", como diz outro amigo nosso, o Macedo, um dos nossos professores, e também envelhecida por no mínimo um ano em barris de carvalho, carvalho brasileiro e castanheira, resultando em leve ou acentuada coloração amarelada, dependendo da madeira em que ficou descansada.
Já que, inspirado, aprofundei o papo, citarei ainda pessoas especiais que também, sem qualquer interesse, nos ajudaram a conhecer um pouquinho da produção deste precioso líquido (Putz, nos perdoem os religiosos, os abstêmios, os certinhos, fazer o quê, né?), transcrevendo o que escrevi no YouTube ;
“... homenageia três pessoas que fazem, que produzem, que ensinam, que lutam, que trabalham, que brilham... Flávio José, do Alambique do Antenor, em Caçapava, situado na rodovia que liga a Jambeiro, próximo da Via Carvalho Pinto, ex-presidente da Associação Paulista dos Produtores de Cachaça Artesanal, o qual, em parceria com o Mestre Luiz Pasin, titular do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté, trouxeram, no dia 22 de setembro do ano de 2004, para uma palestra sobre A cultura da cana de açúcar, o também Mestre, Chefe do Departamento de Biotecnologia Vegetal da Universidade de São Carlos, o Doutor Marcos Antonio Sanches Vieira, que conseguiu, em um único dia, nos transmitir conhecimentos sólidos sobre as atuais técnicas do plantio dessa variedade”.
O sr. Roberto também foi fundamental no nosso aprendizado, não é mesmo Afonso? Só que não quer figurar.
Para finalizar, e tentando justificar a lastimável produtividade, lembramos que a Tontola é gerenciada por dois septuagenários e quando um está gripado, o outro está reumático, quando um sara, o outro adoece, quando está tudo bem, o pessoal entra em greve, quando acaba a greve, vêm as férias, quando acabam as férias, falta cana, quando tem cana, não tem vasilhame, quando o Fernando arruma vasilhame, não tem rótulo, quando tem rótulo, não tem rolha, quando tem rolha, falta motivação, quando está para chegar a motivação, entra-se em depressão, quando a depressão amaina, chove, quando para a chuva, não tem energia, quando chega a energia, acaba a água, quando a água chega, escureceu, quando . . .
Abração amigos e que a festa junina do bairro seja verdadeiro sucesso.
Tontola, cachaça de excelência, se distingue das demais, porque enquanto as outras jorram, TO N TO L A pinga, pinga, pinga...
http://www.youtube.com/watch?v=yra9rZdfZIk
Maravilha essa Tontola..... Deve ser o nectar dos Deuses...
ResponderExcluirPeço perdão pela minha ignorância... Seria um crime transformar a Tontola em quentão.
Só um leigo como eu faria isso. Apesar de ser apreciador de uma boa cachaça.
Durand:
ResponderExcluirA sua está sendo preparada, está quase pronta, o Afonso chegou há pouco do Rio, você precisa dar sorte de ninguém ficar doente, senão, atrasará ainda mais. (rs)
Abração e obrigado.