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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dentro da área do Encontro das Águas uma empresa privada pretende construir um novo porto pra escoar a produção das indústrias de Manaus.

Encontro entre os rios Negro e Solimões vira patrimônio histórico

A decisão acontece no meio de uma polêmica, sobre a construção de um grande porto no local, para atender às indústrias de Manaus.

Daniela Assayag Manaus, AM


Do alto até parece que um paredão invisível separa as águas. Uma linha quase reta demarca as correntezas do rio Negro e do Solimões por mais de dez quilômetros.

"Eu não sabia que era assim. Na minha cabeça não tinha como não misturar", diz Jussara Rossi, turista. Não é mágica. É um fenômeno químico e físico que faz a água não se misturar.

"Primeiro, a densidade da água. O rio Solimões tem mais material em suspensão do que o Rio Negro. Segundo, a temperatura da água", explica Marco Antônio Oliveira, geólogo, superintendente do Serviço Geológico do Brasil.

O rio Negro nasce na Venezuela. O Solimões na Cordilheira dos Andes, no Peru. Quando se juntam mudam de nome: formam o Amazonas, o maior Rio do Mundo.

Dentro da área do Encontro das Águas uma empresa privada pretende construir um novo porto pra escoar a produção das indústrias de Manaus. Ambientalistas e líderes comunitários são contra o projeto. “É como criar um depósito de contêineres no Pátio do Colégio em São Paulo, ou um porto na Lagoa de Abaeté em Salvador, ou na praia de Ipanema”, diz Márcio Souza, escritor.

O movimento ganhou força depois de uma decisão do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional. Na última quinta-feira o Conselho Consultivo do IPHAN decidiu pelo tombamento definitivo do Encontro das Águas que agora é patrimônio cultural do país.

“O encontro das águas é um local determinante nas rotas de migração e na reprodução dos peixes da Amazônia", diz Geraldo Mendes, biólogo do INPA/ambientalista.

Os empresários do novo porto dizem que o projeto não vai poluir os rios e que é fundamental para cidade. Ele vai permitir que três navios operem simultaneamente.

Hoje a maior parte da produção sai de Manaus por balsas até Belém ou Porto Velho. De lá, os contêineres seguem de caminhão até as grandes cidades do país.

O novo porto permitiria que a carga seguisse direto de navio. Assim o transporte ficaria 30% mais barato e a viagem até três dias mais curta.

“É uma área que já está ocupada por pelo menos uma dezena de grandes empreendimentos, então não vai mudar significativamente a paisagem”, declara Laurits Hansen, diretor da Lajes logística.

O tombamento do encontro das águas não impede novas construções nas margens, mas deve servir de alerta para que este fenômeno seja preservado para sempre.

Brasileiras e brasileiros:
Dá para entender? Justamente neste local querem construír algo? Que país é este que qualquer gringo chega, faz e desfaz e nos calamos?

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