25/11/10 - Geraldo Miguel da Silva
Lá vem o meu bem,
com arranhões e empurrões,
com gritos e atritos,
falas roucas e malas prontas,
com choros e soros...
.
Mas é o meu bem – tem crédito!,
que me acalenta,
roça,
faz troça,
coça,
caça,
ameaça,
volta,
vai de novo?...
.
Meu bem,
tanto amor,
tanto ódio,
tanta estrada,
tanto calor,
tanto exórdio,
tanta esgrima
na alma...
.
Meu bem,
que cuida de mim,
que finge me ignorar,
que rasga juras,
me dá tanta dura,
soluça inocência e agruras,
atravessa meus vinhos,
bagunça meu cérebro,
prefere cama separada,
mas deseja a quentura de meu corpo,
meu bem, meu Amor eterno,
de beijos incertos,
ainda que eu seja seu estorvo...
.
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