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Hoje, logo pela manhã, nossos zóios se encheram d’água e a emoção foi tanta que a nossa vista ainda está atrapaiada. Pois, Pena Branca, como diria seu amigo Rolando Boldrin: “o cumpadre, danado, partiu fora do cumbinado!”.
A partir de hoje, um dos mais importantes corações sertanejos já não trabaia mais.
E, agora, somos nóis, gente simples sem nenhum na algibeira, que sente no peito, que se enche de sardade que corta mais que o fio da navaia, essa dor mardita que só atrapaia.
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Mas num faiz mar. Pena Branca cumpriu sua parte e dividiu conosco o calix bento da esperança caipira que o povo ainda recupere, mesmo que seja aos poucos, o gosto pelas coisas da terra e veja na simples gota do orvaio a imensidão do mar, que se revela toda manhã com o reflexo do brilho sor.
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Pena Branca partiu, com certeza foi formar dupla com Xavantinho, que lhe preparou o caminho, pra chegar lá no céu.
E aqui ficou nóis, a cantarolar suas músicas e lembrar da importância de preservar os valores da terra para também, um dia, encontrar o caminho certo de vorta prá casa eterna.
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Obrigado José Paulo por se associar ao bloguito nesta merecida homenagem.
Um abraço.
Sérgio.
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