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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pressentimento! Pai, ajude aí.

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Pai! Afasta de mim essa praga Pai!
Afasta de mim essa praga
Pai! Afasta de mim essa praga
De vinho tinto de sangue...

Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...

Pai! Afasta de mim essa praga
Pai! Afasta de mim essa praga
Pai! Afasta de mim essa praga
De vinho tinto de sangue...

Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...

Pai! Afasta de mim essa praga
Pai! Afasta de mim essa praga
Pai! Afasta de mim essa praga
De vinho tinto de sangue...

De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...

Pai! Afasta de mim essa praga
Pai! Afasta de mim essa praga
Pai! Afasta de mim essa praga
De vinho tinto de sangue...

Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cálice!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cálice!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cálice!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cálice!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cálice!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cálice!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cálice!)
Me embriagar
Até que alguém me esqueça
(Cálice!)







Perdão seo chico, alterei sua letra. Não faz mal né? Já caiu no domínio público não é mesmo? Pois é seo chico, já passou da hora de compor novamente, não acha? Ao invés de "cálice" poderia ser "mãos espertas", o que acha?

Abração seo chico e obrigado por emprestá-la à minha causa, que não é minha é de um povo que... "cálice".

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