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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Fazer o bem sem olhar a quem

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Há quem faça o bem aplicando o sistema pescaria, ou o bem de anzol. É o que mais tem proliferado. Mais que notícia ruim, infelizmente, se esquecendo esses de que um dia, a fatura chegará, impiedosamente.
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Destacam-se dentre estes;
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a) Os que esperam um retorno político nos meses de outubro, ano sim, ano não;
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b) Os que esperam um retorno em pecúnia, que outrora era sempre com parcimônia, aos domingos pela manhã e que agora é diuturno, 24 horas por dia, nos massacrantes cultos, em templos de 2ª a 2ª e na mídia escrita, falada, televisiva e internáutica;
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c) Os que esperam um retorno financeiro através de incremento em suas operações laborativas, incluindo-se aí a nova modalidade do "greenwashing"; (adoção da tese da conservação do meio ambiente na política institucional, da boca para fora)
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d) Os que esperam um retorno, alcançando seu lugar ao sol, ou no céu, quando o inexorável final de sua jornada chegar;
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e) Os que esperam um retorno na satisfação do seu ego, dando vazão à sua vaidade;
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f) Não sei se escapou algum segmento dos benfeitores ativistas, da realidade do momento em que vivemos.
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Agora, há, quem faça o bem, sem olhar a quem, com absoluto desinteresse. Tenho relacionamento com algumas pessoas, pouquíssimas, talvez se enumeradas não equivaleriam ao preenchimento dos dedos de ua mão, que fazem o bem, com o mais amplo, geral e irrestrito desinteresse. Um ou dois, até, são ateus convictos, não acreditam em céu, logo, impossível aspirarem seu lugarzinho lá. Fazem o bem porque esta modalidade reside nas entranhas de seus corações e o melhor, desde sempre.
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São, como diz o meu amigo José Paulo Ferrari, "ALMAS ESPECIAIS",
AQUI.
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Neste exato momento, hoje, 21 de março de 2011, 10,21 hs., uma dessas pessoas está a percorrer os meandros da burocracia pública, tentando fazer com que uma pessoa carente, de 27 anos, afrodescendente, semi-analfabeta, que levou um tombo de bicicleta, não perca a sua visão definitivamente. Já pagou uma consulta a um oftalmologista, do próprio bolso, no valor de R$ 120,00, porque a saúde pública não o fez. A pobre moça ainda não possui identidade, nem CPF, só o protocolo, o que está sendo motivo impeditivo de receber atentimento de urgência na saúde pública. O périplo, na sexta feira, em um desses órgãos, foi de causar revolta e indignação.
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Felizmente, ao final, apareceu um anjo da guarda. Aquele servidor consciente, responsável e que está colaborando para um desfecho feliz. Lá retornaram as duas hoje para prosseguimento dos destraves burocráticos e para amanhã, já está agendado um exame no Hospital Escola de Taubaté, para onde se encaminharão.
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Este artigo é em homenagem a esta pessoa, cuja identidade não declinarei para que não fique aborrecida, e por sorte minha, um ser da minha relação íntima.
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Que o Senhor a proteja e continue a guiá-la por este caminho.
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Amém.

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