Lá fomos, a dona da pensão e este teclador. Chegamos às 10,01 hs. Igreja vazia. Dentro, uma senhorinha a esperar e fora da Igreja o casal amigo do Sebastião, Benedito Antonio dos Santos e Adelaide Aparecida de Araújo Cabral, os quais abordamos quando se retiravam. O padre, jovem, bem apessoado, estava ali, a rua está em obras, nos apresentaram e ele muito gentil, solícito, nos informou que não havia nenhuma programação do acontecimento. Deduzimos que o pobre Sebastião, dadas as suas compreensíveis limitações intelectuais, mas não quanto ao trabalho, pois tem as mãos grossas e calejadas, não conseguiu materializar seus imaginários.Pedimos então ao pároco autorização para uma foto conjunta, o qual aquiesceu, mas tratou de sair de perto rapidinho e entrou numa casa em frente. Está certo o vigário, afinal, a imagem poderia parar num facebook da vida...
Ninguém entendeu nada, pois falaram que uma van lotada havia saído há pouco do recinto. O casal nos informou onde ficava a chácara do Sebastião e para lá fomos.
Chamamos pelo Sebastião entre cachorros, patos, gansos, galinhas, papagaios, periquitos, porcos... e a vizinha veio logo nos falando que saíra há pouco, de bicicleta (80 anos) rumo à Igreja.
Corremos atrás à procura dele. Não seria difícil encontrá-lo, pois São Bento do Sapucaí, cidade bonitinha mesmo, não é tão grande assim e mais uns
10 minutos, de longe, avistamos a silhueta de quem seria o procurado.
Não, não era o Sebastião. Tão parecido. Mais para frente um pouquinho, eis que surge o próprio. Passamos por ele, saímos do carro com câmera a postos e clic, clic, clic.
Ele, com visão já desgastada pelo tempo, a minha também, não estava a entender nada, foi quando chegou pertinho e todo sorridente, largou a bicicleta no chão e correu para um abraço fraternal. Nos foi um momento de emoção real. Rumamos para a Igreja onde já não havia mais ninguém, afinal, pouco faltava para as onze horas e o Sebastião procurando pelo Padre.
Passou ao lado um senhor simpático, nos deu um bom dia, respondemos e o operário ao lado também, desta forma;
-Bom dia sr. Bento.
Bento?? Passou um filminho no meu bestunto e já chamei;
- Olá Bento, lembra-se de mim? Sou o Sérgio, da ex- Villares de Pindamonhangaba. Outro abraço e nova emoção. O Bento Nunes Duarte, ex-prefeito de São Bento do Sapucaí por duas gestões, sem nenhuma "malfeito", havia sido Delegado Regional do Trabalho da Sub-Sede de Pindamonhangaba e nos anos 80 tivemos muito contato profissional.
Relembramos ótimos momentos vividos, com os famosos almoços do Chico, {fiscal do trabalho} que numa ocasião reuniu o Bento, a ex-primeira Dama de um ex-prefeito de Taubaté, o Admilson Sofiatti, (abração compadre Demirso)alguns funcionários e este teclador. Ainda tenho uma forma de abafar legumes que o Chico, saudoso, adorava ler as mãos de mulheres bonitas (já era velhinho na época) me presenteou.
E o Sebastião , todo enroladinho, procurando o Padre.
Aí o Bento me perguntou do Rochinha, fiscal do trabalho, que veio para substituir o Chico.
Ô Bento, estive com ele no dia primeiro de novembro de 2010, no Comando de Aviação do Exército em Taubaté, num encontro de automóveis antigos, o fotografei e ele, para variar, me recitou uma poesia. Veja ela aí;
Estes relacionamentos ocorreram nos anos que muitos chamam de chumbo e que eu chamo de dourados. Sempre me relacionei bem com estas autoridades governamentais e nunca se falou em "malfeitos". Graças ao Senhor, e aí estão estes atestados vivos, menos o saudoso Chico que já se foi e estará no Céu ao lado do Alípio do Violão, um lendo a mão das anjas e o outro entoando para elas ,Iracema, passamos incólumes pela vida profissional.
Grandes emoções, graças ao Sebastião, de amizade recente, e são as que valem muito, pois a relação é de pureza d’alma. E a Missa de 7º dia da pobre da Jandira será remarcada, se o Sebastião encontrar o Padre.
Obrigado Senhor, por propiciar momentos de simplicidade e de muita paz, neste conturbado País, onde muitas autoridades chegam ao despautério de avançar na merenda escolar de crianças carentes.
Abraços a todos.
Parabéns Sérgio poresse gesto de amor e caridade com os mais necessitados.
ResponderExcluirEstou fora do assunto mas...faz mtos anos que a Igreja não celebra mais Missa de sétimo dia especial.Agora reunem-se todas as intenções nas missas dominicais e missas diárias nos horários préestabelecidos.Talves isso o Sr Sebastião não deveria saber e fêz o convite sem comunicar-se talvez com a secretaria da Paróquia.
Mas é isso o que importa aos olhos de Deus.Nossa atitude com nossos irmãos,sejam eles pobres ou ricos.O resto é convenção humana.
Continue assim.Bjos
Sueli