(geraldomiguel)
02/02/12
Meu coração não é áspero,
e nem indiferente.
É apenas um pouco doido,
moído,
um tanto marginal. Por
quê?
Houve tantas estradas confundidas,
tantas mensagens irrespondíveis,
tanta solidão abraçada a sonhos entrelaçados,
tantos medos acordados...
Tanto olhar com passado
tão presente,
tanta sede de ternura pedida, perdida...
Tanto ressentimento tingido de perdão...
Meu coração parece inexplicável,
como uma rede de telegramas sem destinatário,
como um barco cortado em gritos de angústia,
como uma lâmina atirada a holocaustos incertos...
Meu coração apenas busca ternura
– ou será Amor? Ou Fé? Ou Deus?
Deixo-o a ti,
acredita: um coração tão morigerado,
e nobre (graças aos meus pais),
e diáfano,
porém tão pungido,
e punido,
e apressado no viver...
Acredita!
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