CANTIGA A ZEROBERTO

CANTIGA A ZEROBERTO

(autor(a) desconhecido(a)

           27/02/12

Era uma vez

um Zé

que seria mais um Zé,

se não tivesse nascido

engraçadinho,

com jeito de safado

e cara de tarado...

Segundo a lenda,

ainda criancinha

ele cutucava com a ponta do dedinho

a xoxotinha das menininhas,

enquanto se fazia de coitadinho

e judiado pela mamãe-natureza

que, para encobrir-lhe a impureza

dos pensamentos, 

sortia-o de sonhos acoitados

todos abomináveis

mas que lhe freavam um pouco a idolatria

pelo próprio ‘biscoito’ – o qual, de novo

segundo a lenda,

amedrontava as menininhas

do inocente povo

do interior...

Mas esse Zé

não nasceu

para ser um simples Zé...

Cresceu

– aliás, tudo nele cresceu,

robusteceu,

entonteceu

frígidas e fingidas,

messalinas e acanhadinhas...

Zé deixou de ser Zé

e se tornou ZéRoberto,

de olhar sedutor e místico,

de sorriso aberto e mítico,

de palavra melíflua,

de gargalhada insensata,

de órgão sempre protrátil,

de caminhada

certeira a puteiros inolvidáveis

– embora inóspitos...

 ZéRoberto,

odiado pelos fuhrers do desamor,

anelado pelas mulheres,

adotado por uma cidade

perdida de amor,

apesar da dor

registrada em cada esquina

e em cada lágrima feminina

após despedidas inexplicáveis...    

Ah, que saudades deixaste

nos corações daquelas que te

conheceram no âmago,

freudianamente,

bocagemente,

dantescamente,

marquesdessademente,

nobremente,

ó famigerado

ó glorioso,

ó  inesquecível

ZéRoberto,

tão amável e  tão útil

às  mulheres calipígias do Brasil...

Por que terras andas, ZéRoberto?

Que corações desbravas?

Genial Gêmiguel.

PS: Companheiros na implantação da VIBASA - Villares Indústrias de Base S/A - Pindamonhangaba.

Por essas e outras que deu tudo certinho. Tempo bom, não volta mais, saudade...