Eclesiastes Origem: Wikipédia, a
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Em pleno 20 de fevereiro, terça-feira brava do tríduo momesco, num
intervalo entre as apoteóticas evoluções dos corsos e o requebrar das cabrochas
dengosas, digitei a palavra ECLESIASTES, no Dr. Google.
Na enciclopédia livre, encontrei a definição da palavra. Ao ler o texto
tomei a liberdade de grifar coisas que apesar de se referirem ao passado, estão
presentes no dia-a-dia da nossa contemporaneidade:
“Eclesiastes
O livro de Eclesiastes
faz parte dos livros poéticos e
sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã
e judaica, vem depois do Livro dos Provérbios e antes de Cântico dos Cânticos[1][2]. O
Livro tem seu nome emprestado da Septuaginta,
e na Bíblia hebraica é chamado Kohelet (קהלת). Embora tenha seu
significado considerado como incerto, a palavra tem sido traduzida para o
português como pregador ou preletor. Faz parte dos escritos
atribuídos tradicionalmente ao Rei
Salomão, por narrar fatos que coincidiriam com aqueles de sua vida.Por outro lado, Bíblia de Jerusalém sustenta que a atribuição a Salomão não passa de mera ficção literária do autor, a linguagem do livro, e sua doutrina, permitem concluir que foi escrito após o Exílio na Babilônia[3].
Muitos questionam a unicidade do autor, e defendido que foi escrito por duas, três, quatro e até oito mãos distintas[3].
O principal tema do livro é a vaidade das coisas humanas, dando a lição de desapego dos bens terrestres, negando a felicidade dos ricos e preparando o povo para entender que "bem-aventurados são os pobres" (Lc 6, 20)[4].
Por sua vez, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que trata-se de um livro profundamente crítico, lúcido e realista sobre a condição do povo, por volta do século III AC, quando a Palestina era então colônia da dinastia macedônica dos Ptolomeus, ao qual devia pagar pesados tributos, que eram arrecadados pela família dos Tobíadas, que controlava o comércio, a economia e a política interna[5].
O autor escreveu durante esse tempo de exploração interna e externa, que não deixava esperanças de futuro melhor para o povo. Num mundo sem horizontes, ele fez um balanço sobre a condição humana, buscando apaixonadamente uma perspectiva de realização[5].
Para ensinar os caminhos para realizar a vida e a felicidade, o autor desmonta as ilusões que um determinado sistema de sociedade apresenta como ideal (riqueza, poder, ciência, prazeres, status social, trabalho para enriquecer etc.) e coloca uma pergunta fundamental: «Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol?» (1,3)[5].
Em vez de cair no desespero, o autor descobre duas grandes perspectivas: Primeiro, descobre Deus como Senhor absoluto do mundo e da história, devolvendo a Deus a realidade de ser Deus. Depois, descobre o Deus sempre presente, fazendo o dom concreto da vida para o homem, a cada instante e continuamente. Isso leva o homem a descobrir que a própria realização é viver intensamente o momento presente, percebendo-o como lugar de relação com o Deus que dá a vida. Intensamente vivido, o momento presente se torna experiência da eternidade, saciando a sede que o homem tem da vida. Todavia, para que se possa de fato viver o presente é preciso usufruir o fruto do próprio trabalho (2,10; 2,24; 3,13.22; 5,18-20; 9,9)[5].
O Eclesiastes ou Coélet denuncia portanto as conseqüências de uma estrutura social injusta. O povo não tem presente, quando é impedido de usufruir do fruto do próprio trabalho. Conseqüentemente, fica sem vida, que lhe foi roubada não por esta ou aquela pessoa, mas por todo um sistema social dependente que, para privilegiar uma minoria, acaba espoliando a nação inteira. E aqui, o autor mostra que isso se trata, em primeiro lugar, de um pecado teológico: Deus dá a vida para todos; se ela é roubada, o roubo é um desvio na própria fonte da vida[5].
O Eclesiastes é convite para destruir e construir. Destruir uma falsa concepção a respeito de Deus e da vida, muitas vezes justificada por concepções teológicas profundamente arraigadas. Depois, construir uma nova concepção de vida, que é dom gratuito de Deus, para que todos a partilhem com justiça e fraternidade. Só então todos poderão ter acesso à felicidade, que consiste em usufruir a vida presente que, intensamente vivida, é a própria eternidade[5].”
O autor do livro Eclesiastes me passou a impressão que já conhecia a humanidade que iria medrar nas plagas brasileiras. Que cada leitor num exercício de memória, judiando dos neurônios, faça suas interpolações e extrapolações e procure sentir como, grande parte do texto, de forma figurada, é o que vivemos hoje.
Desde que o mundo é mundo, sempre existiram as dinastias macedônicas dos Ptolomeus. Essa famigerada família dos Tobiadas reencarnou nestas plagas e logo tratou de reditar a antiga comelança.
Lá a colônia era a Palestina, hoje é o Brasil!
É muita coincidência num escrito tão antigo mas tão presente.
Encerrando: Apesar de todas as vaidades, no final tudo vira pó. Ainda não criaram uRna funerária ou caixão para feduntos, com gavetas, permitindo que o cidadão carregue todos os seus bens materiais na hora de ir para a terra do pé-junto, no passinho do jocotó malandro.
C.Q.D. assina: Dr. Fagundo
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