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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Acidente com um pedreiro descuidado


Vejam a explicação de um pedreiro, acidentado no trabalho, à sua. seguradora. (A Cia. de Seguros havia estranhado tantas fraturas, e em uma só pessoa num mesmo acidente).

Importante atentar para o fato de que se trata de um caso verídico, cuja transcrição foi obtida por meio de cópia dos arquivos da cia. seguradora envolvida.

Após ler o relatório abaixo, a Seguradora pagou o sinistro.
À
Cia. Seguradora
Prezados Senhores,

Em resposta ao seu pedido de informações adicionais, esclareço:

No quesito nº 3 da comunicação do sinistro mencionei: 'tentando fazer o trabalho sozinho' como causa do meu acidente. Em vossa carta V. Sas. me pedem uma explicação mais pormenorizada, pelo que espero sejam suficientes os seguintes detalhes:

Sou pedreiro e no dia do acidente estava trabalhando sozinho num telhado de um prédio de 6 (seis) andares. Ao terminar meu trabalho, verifiquei que havia sobrado 250 tijolos. Em vez de levá-los a mão para baixo, decidi colocá-los dentro de um barril e, com ajuda de uma roldana (a qual, felizmente estava fixada em um dos lados do edifício, mais precisamente no sexto andar) descê-los até o térreo.

Desci até o térreo, amarrei o barril com uma corda e subi para o sexto andar, de onde puxei o dito cujo para cima, colocando os tijolos no seu interior. Retornei em seguida para o térreo, desatei a corda e segurei-a com força para que os 250 tijolos descessem lentamente.

Surpreendentemente, senti-me violentamente alçado do chão e, perdendo minha característica presença de espírito, esqueci-me de largar a corda ... Acho desnecessário dizer que fui içado do chão à grande velocidade.

Nas proximidades do terceiro andar dei de cara com o barril que vinha descendo. Logo, ficam explicadas as fraturas do crânio e das clavículas.

Continuei a subir a uma velocidade um pouco menor, somente parando quando os meus dedos ficaram entalados na roldana. Felizmente, nesse momento já recuperara a minha presença de espírito e consegui, apesar das fortes dores, agarrar a corda.

Simultaneamente, no entanto, o barril com os 250 tijolos caiu ao chão, partindo seu fundo. Sem os tijolos, o barril pesava aproximadamente 25 kg. Como podem imaginar, comecei a cair vertiginosamente, agarrado à corda, sendo que, próximo ao terceiro andar, quem encontrei? Claro, o barril vinha subindo. Ficam explicadas as fraturas dos tornozelos e as lacerações das pernas.

Felizmente, com a redução da velocidade de minha descida, veio minimizar os meus sofrimentos quando caí em cima dos tijolos embaixo, pois felizmente só fraturei três vértebras. No entanto, lamento informar que ainda houve agravamento do sinistro, pois quando me encontrava caído sobre os tijolos estava incapacitado de me levantar, porém pude finalmente soltar a corda.

O problema é que o barril, que pesava mais do que a corda, desceu e caiu em cima de mim fraturando-me as pernas. Espero ter fornecido as informações complementares que me haviam sido solicitadas.

Esclareço que este relatório foi escrito por minha enfermeira, pois os meus dedos ainda guardam a forma da roldana.

Atenciosamente,

Severino Cavalcante da Silva


Obrigado Aldo. Um abração.

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