Cliquem aqui, http://radiovitrolaonline.com.br/, acionem a Rádio Vitrola, minimizem e naveguem suavemente sem comerciais.

.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

domingo, 5 de dezembro de 2010

De sede e de dor


Prezado amigo Raul Ribas:

No dia 11 passado havíamos publicado esta exemplar hitória {
http://ecoeantigos.blogspot.com/2010/11/ryan-hreljac-o-menino-que-saciou-sede.html }e com prazer a repetimos hoje, agradecendo ao Edgard pelo envio da mesma, reforçando seus ensinamentos.
Obrigado a vocês.
Sérgio.

Recebi de um amigo jornalista residente em Atibaia...


Vide abaixo...

José Raul Machado Ribas

Meu caro amigo Ribas, segue o artigo para seu conhecimento e eventual aproveitamento. Obrigado, Edgard

De sede e de dor

Edgard Barros

Eu sei que a gente não deve acreditar em tudo o que aparece na internet, mas de vez em quando se lê e se vê coisas de arrepiar os mais peludos e os mais pelados.

Pediria ao distinto e amigo leitor que tivesse a paciência de colocar no tocador de CDs do seu cérebro qualquer canção da Enya, aquela cantante que, a bem dizer a gente não entende nada do que canta, mas adora ouvir e acaba com um nó no coração. Emocionante a tal de Enya.

De qualquer forma, com essa canção no ar projete na tela da sua imaginação, linha por linha, a história de um quase garoto, Ryan Hreljac, O nominho é complicado, mas trata-se de um santo garoto como se verá a seguir.

Essa história me foi enviada via e.mail por um amigo querido e cheio de paz na terra aos homens de boa vontade.

Com a música da Enya comendo solta ao fundo, diz que o tal garoto Ryan, norte-americano, por suposto, hoje com 19 anos, era mais criança ainda quando um dia, em plena sala de aula ouviu sua professora falar sobre crianças africanas que morrem de sede (e por conseqüência de fome), a cada dia e a cada hora simplesmente porque não existe água onde vivem.

A cabeça de criança do menino Ryan considerava impossível uma coisa dessas. Justo para ele acostumado a abrir torneiras e ver água jorrando à vontade em qualquer canto de sua casa.

Encafifou-se.

Na aula seguinte, depois de ter passado um bom tempo pensando na água que faltava, cobrou mais detalhes da professora. E ela falou que aquilo era aquilo mesmo, fazer o quê? As crianças não tinham água e morriam.

Disse também que muita gente já tinha tentado ajudar, mas não era fácil. Contou até sobre uma organização chamada WaterCan, que se dedicava febrilmente ao assunto e que vinha furando poços na África. Disse mais: foi às minúcias especificando que um poço desses poderia sair por até uns 70 dólares ou coisa assim.

O garoto Ryan ficou mais encafifado ainda.

“Pô, com apenas 70 dólares e as crianças teriam água?” A professora respondeu que sim.

O menino foi para sua casa e sem mais nem menos disse para a mãe que precisava de 70 dólares. Claro que a mãe perguntou para quê.

Ryan disse que era para furar um poço na África e dar água para as crianças que estavam morrendo justamente por falta de água.

Criança inventa cada coisa..., pensou a mãe de Ryan. Pelo sim, pelo não, diante da insistência do filho, lançou-lhe um desafio: ele que cumprisse tais e tais e quais tarefas caseiras durante certo tempo que ganharia os 70 dólares.

Pela primeira vez na vida o garoto topou o desafio sem regatear.

E foi. E chegou aos 70 dólares. E aí perturbou a mãe para que ela o levasse até a tal organização WaterCan.

Mãe é mãe e a mãe levou. Ryan tinha os 70 dólares no bolso.

O pessoal da empresa achou linda a atitude do garoto, claro, ponderou, porém que havia um pequeno engano, a coisa não era tão simples assim, o custo do poço era um pouco mais que 70 dólares, era 2 mil dólares.

Os olhos do garoto, cheios de lágrimas, se dirigiram para os olhos da mãe. Ele, que havia demorado meses para ganhar 70 dólares, demoraria uma vida para ganhar os 2 mil dólares necessários.

Os olhos da mãe também choraram. O pessoal da organização também teve que disfarçar o choro. Dólares são dólares, fazer o quê....

Meio que escondendo as lágrimas o garoto prometeu que voltaria. E que traria os 2 mil dólares.

Ryan contou sua história para amigos, colegas, parentes, gente da rua, gente do bairro, gente da cidade. E foi contando. E todo mundo ficou sabendo que custaria 2 mil dólares perfurar um poço de água na África, capaz de matar a sede de tantas crianças, além de evitar tanta doença.

A história cresceu o dinheiro também. Os 2 mil dólares se completaram.

Em 1999 o garoto conseguiu fazer com que furassem o seu primeiro poço para as crianças da África.

Ryan transformou-se em uma lenda.

Um dia, ainda criança, foi até a África, graças ao dinheiro que seus pais juntaram para pagar sua passagem. Quando ele chegou ao povoado onde tinha sido aberto o primeiro dos poços, centenas de crianças formavam um corredor humano e Ryan passou no meio.

Todos gritavam o seu nome. Tímido, Ryan perguntou: “Como eles sabem o meu nome?”

Alguém lhe respondeu: “Todo mundo que vive ao longo de 100 quilômetros daqui sabem o seu nome e conhecem você...”

Os olhos de Ryan voltaram a se encher de água.

Hoje, aos 19 anos, o menino Ryan já contabiliza mais de 400 poços furados na África, fruto de doações em todo o mundo. Ele sonha ser engenheiro. Imagina, quem sabe, acabar com a sede na África.

Esta história pode ser lida melhor no endereço HTTP:WWW.ryanswll.ca/

Aí o ilustre e ilustrado leitor me pergunta o porquê desta história. Feito um garoto Ryan fico aqui pensando que existem milhares de lugares no Brasil onde crianças e adultos morrem de sede e são obrigados a andar e andar para buscar um pouco de água. Ou então abandonar o pouco que tem por falta de água. Na pior (ou melhor?) das hipóteses, morrerem, de sede e de dó.

Pelo que se viu na história do menino Ryan, abrir um poço custa por volta de 2 mil dólares. Coisa de 3.500 ou 4 mil reais, no máximo.

Pelo que se lê por aí, um deputado, um senador desses (e são tantos...), custa no mínimo uns cem mil reais por mês para os cofres públicos (ou o nosso dinheiro...).

Somando os deputados, os senadores e tantos outros políticos mais, inúteis, em sua maioria, pegando todo o dinheiro que eles nos custam, a gente construiria poços, mas tantos poços que ninguém mais sofreria com a falta de água no país, não seria lindo?

Eu pagaria para ver.

A internet ensina tanta coisa, não?

Pena que nem sempre a gente leve a internet (e nem a vida) a sério...

Visite meu site www.edgardbarros.net.br

Um comentário:

  1. Pretendo publicar o artigo do Edgard, " Tá todo mundo louco", postado no Jornal da Cidde no dia 3 p.p., entretanto, não o encontrei em seu site.
    Abraços.

    ResponderExcluir