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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Mangas, mangas, mangas! Mangas de Pindamonhangaba

No meu bairro, nas ruas, existem uma meia dúzia de mangueiras. Esta primeira foto por exemplo, eu plantei há 32 anos. Ano passado e retrasado, não frutificou. As outras também não. Este ano, carregaram pra valer. As fotos são recentes.
Esta mangueira foi plantada pelo meu vizinho e amigo, dr. Flávio. Aliás, três mangueiras.
Quando a safra é boa, nosso aborrecimento é do tamanho da frutificação. Como o nosso povo carece de um mínimo de educação! Chega a causar revolta. Pobres mangueiras. São maltratadas ao extremo. Desperdiçam, desperdiçam, desperdiçam e destroem. Ao invés de deixarem que os frutos cheguem ao ponto de colheita, os colhem, ou melhor, os arrancam, quebram os galhos, fazem a maior sujeira, a qual limpamos todos os dias, dão uma dentada e estando verdes, os jogam no meio fio. Ai daquele que ousar repreendê-los. Corre risco de morte. Já alertei a dona da pensão há vários anos.
Em novembro, após tempestade, colhi umas cinco dúzias do chão e a velha mangueira prossegue na sua trajetória de tentar alimentar o povo, mas, com a educação que recebem, não percebem que o farto e puro fruto, pois não recebem nem agro tóxico nem adubo, absolutamente orgânico, que os mais abastados pagam verdadeira fortuna, poderia minorar suas necessidades básicas.
Esta sequência de fotos bem demonstra a fúria do povo, no domingo passado, que começou logo às sete horas e se prolongou até o entardecer.
Soube que um casal vizinho, inconformado com a fúria de um desses vândalos ,chamou-lhe a atenção. Pra quê! Estão preocupados com possível e violenta represália.
Comportamento bem diferente do povo da cidade de Panorama/SP, onde, estivemos em dezembro de 2009, graças ao entendimento de um prefeito que, sabiamente, plantou milhares de pés de árvores frutíferas nas vias urbanas, beneficiando diretamente a população carente, como registramos no filmete, o qual repetimos neste ensejo;



Oportuno também revermos a crônica Teologia moral da manga, de autoria do Mestre José Paulo Ferrari.

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