No meu bairro, nas ruas, existem uma meia dúzia de mangueiras. Esta primeira foto por exemplo, eu plantei há 32 anos. Ano passado e retrasado, não frutificou. As outras também não. Este ano, carregaram pra valer. As fotos são recentes.
Quando a safra é boa, nosso aborrecimento é do tamanho da frutificação. Como o nosso povo carece de um mínimo de educação! Chega a causar revolta. Pobres mangueiras. São maltratadas ao extremo. Desperdiçam, desperdiçam, desperdiçam e destroem. Ao invés de deixarem que os frutos cheguem ao ponto de colheita, os colhem, ou melhor, os arrancam, quebram os galhos, fazem a maior sujeira, a qual limpamos todos os dias, dão uma dentada e estando verdes, os jogam no meio fio. Ai daquele que ousar repreendê-los. Corre risco de morte. Já alertei a dona da pensão há vários anos.
Em novembro, após tempestade, colhi umas cinco dúzias do chão e a velha mangueira prossegue na sua trajetória de tentar alimentar o povo, mas, com a educação que recebem, não percebem que o farto e puro fruto, pois não recebem nem agro tóxico nem adubo, absolutamente orgânico, que os mais abastados pagam verdadeira fortuna, poderia minorar suas necessidades básicas.
Esta sequência de fotos bem demonstra a fúria do povo, no domingo passado, que começou logo às sete horas e se prolongou até o entardecer.
Soube que um casal vizinho, inconformado com a fúria de um desses vândalos ,chamou-lhe a atenção. Pra quê! Estão preocupados com possível e violenta represália.
Comportamento bem diferente do povo da cidade de Panorama/SP, onde, estivemos em dezembro de 2009, graças ao entendimento de um prefeito que, sabiamente, plantou milhares de pés de árvores frutíferas nas vias urbanas, beneficiando diretamente a população carente, como registramos no filmete, o qual repetimos neste ensejo;
Oportuno também revermos a crônica Teologia moral da manga, de autoria do Mestre José Paulo Ferrari.
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