{...} Para o brasileiro comum só existe um problema de verdade nas relações entre Brasil e Estados Unidos: o visto de entrada. Muito pouca gente perde o sono por causa do “tsunami” de dólares do qual tanto fala a presidente Dilma Rousseff em seus discursos internacionais — um assunto que, francamente, já começa a encher a paciência. Fora o governo, para quem Cuba é o país mais importante do mundo, quase ninguém se interessa pelas rixas entre americanos e cubanos, ou pelo apoio que o Brasil dá a nações como Irã, Síria e outros desafetos dos Estados Unidos. Que diabo isso tudo teria a ver com a sua vida? Seria bom, talvez, que a presidente Dilma falasse um pouco menos dessas coisas, para não ficar parecendo aquele tipo de pessoa que não muda de ideia e não muda de assunto. Mas, para o cidadão que existe na vida real, tanto faz. O que lhe interessa mesmo é a questão do visto, e nenhuma outra. Pode soar esquisito, mas o fato é que para um número cada vez maior de brasileiros o visto de entrada nos Estados Unidos passou a ser hoje um dos problemas da vida.
Não é um problema exclusivo dos brasileiros. Todos os países desta região da América herdaram o fascínio mundial pelo estilo de vida norte-americano, após a Segunda Guerra Mundial. É o "modelo" a ser imitado, e os países subdesenvolvidos ainda acreditam que imitar esse modelo vai ajudar o nosso desenvolvimento. Ilusão! Quando chegará a hora de ter desenvolvida nossa própria personalidade?
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