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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Autos Antigos, bela coleção parcial

Salve, meu bom amigo poliglota!

Achei este material excelente... E, ai pensei: se o Sérgio não possui ainda, tem que possuir!

Pois, como você, sem dúvida, também eu passeei em algumas dessas máquinas maravilhosas, lá naqueles tempos que não voltam mais, a não ser em nossos sonhos povoados de recordações.

Ainda menino, de alma pura e o espírito limpo, calça de brim e camisa de saco de farinha santista, deslizei por algumas avenidas nas noites de verão, quando o sonho não era proibido e as distâncias então iam sempre além da minha pobre imaginação, já que menor ainda não ia eu além do portão.

Nenhuma delas era minha ou da minha família. Pois, nasci num casebre de chão-batido e o único carro que possui, construído pelas mãos do meu “velho-pai”, era uma lata de leite ninho, cheia de areia, que puxava por um barbante nas mais loucas fantasias nas estradas curvilíneas das minhas emoções.

Mas, minha alma não conhecia limites e as amizades eram imensas e verdadeiras... além de simples e intensas.

Às vezes, eu ia sentado ao lado do motorista, que quase sempre era o pai, o tio ou um avô de amigo meu. E, na minha cabeça de menino também eu dirigia e, pela imaginação, imprimia as mais intensas velocidades nas loucas aventuras iluminadas pela luz do luar sob o céu estrelado da imensa Criação. Aquele couro macio, aquele painel de madeira e o retrovisor cromado, além do ronco que deixava qualquer pedestre enciumado, me faziam quase milionário, pois eu sempre, todo orgulhoso, ia sentado ao lado.Vez ou outra, eu e meus amigos colocávamos as cabeças para os lados e sentia no rosto, quase molhado, a frisa suave que nos acalmava e, pelo poder mágico do movimento embalado, fechávamos os olhos e sonhávamos!
Hoje, quando vejo as fotos e aprecio as imagens dessas maquinas maravilhosas, quase posso sentir o vento nos meus cabelos e minhas mãos deslizando sobre o couro confortável, além do perfume contaminado pelo cheiro da gasolina e dos cigarros de palha! É meu amigo... acho que estamos gastos, pelo tempo e pelo uso, e quase desbotado! Mas, nos orgulhamos de não ter apertado botões de vídeo-game e sim ter sentado, ainda que ao lado, no couro confortável!

Carinhoso e saudoso abraço do

José Paulo

Obrigado caro José Paulo. Quanto à história do poliglota, me esqueci de desmentir. Coloquei no bloguito um tradutor da Net e deu uma pane danada, pois chegou a emperrá-lo, razão pela qual o deletei, isto depois de passar tremendo sufoco com o bloguito enroscado. Abração.

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