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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

terça-feira, 20 de março de 2012

DIÁLOGO ENTRE COLBERT E MAZARINO DURANTE O REINADO DE LUíS XIV - 1661


Colbert foi ministro de Estado e da economia do rei Luiz XIV. 

Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro ministro na França. Notável coleccionador de arte e jóias, particularmente diamantes, deixou por herança os "diamantes Mazarino" para Luís XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na coleção do museu do Louvre em Paris. 

O diálogo: 

Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço... 

Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem! 

Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro.E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis? 

Mazarino: Criam-se outros. 

Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres. 

Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos? 

Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: Então como havemos de fazer? 

Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.

Qualquer semelhança...
Dr. Moraes, você narra com tanta convicção, que passa-me a impressão de que estava presente. Brincadeirinha. Eu sou testemunha do diálogo.
Obrigado e um abraço.

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