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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Chico partiu...na Quaresma, na qual nasceu!

Salve!
Quanto criança no período da Quaresma, lá na minha cidade do interior, tinham os santos das igrejas cobertos de pano roxo. E os mais velhos diziam prá gente que era para do luto se lembrar, já que foi nesta época que houve uma grande traição que culminou com o suplício do Salvador. 

Confesso que, com minha mente de criança, eu não podia ligar a morte ao Nosso Senhor, Divino Reparador. 

Hoje estou mais velho. E, a Quaresma um pouco mais compreendida por mim. 

Mas, antes da compreensão, posso até mesmo afirmar que estou mais sensível a tudo o que ela , antes de significar, tem a me ensinar. E, assim, minha alma parece mais “aberta” aos acontecimentos que estão em nossas voltas a se registrar. Aqui e acolá! 

Pensando no roxo, dos panos que enfeitavam os altares onde eu me punha como menino a orar, quero compartilhar contigo também um novo luto que todos nós, brasileiros, teremos agora que elaborar. 

Aceita pois minhas brincadeiras de palavras, como forma de criança-velha emoções extravasar, sobretudo na Quaresma, este período do auto-transformar. 

Com carinho e gratidão

José Paulo


Chico veio, Chico se foi. Chio ficará.



Dizem os entendidos das emoções e sensações que mais fácil é fazer chorar. Pois, para isto basta as tristezas, as sombras, dos outros saber invocar. 

Sejam através de palavras carregadas de lembranças, de arrependimentos, de remorsos, de desejos, de paixões. E, até mesmo, de raiva, de culpa e de frustrações. 

Difícil mesmo é fazer sorrir. Já que para isso, é preciso a criança de outro saber evocar. Despertar, aquela criatura pura, quase inocente que, geralmente, dorme dentro da gente. 

Esta é uma arte que, embora possa se aperfeiçoar, já nasce com certas almas que tem o dom de saber fazer a alegria se manifestar e os outros nela se contagiar. 

Ainda bem que ele advogado não se formou, uma vez que fugiu dos livros e não quis ser doutor. Pois embora pudesse, pela invocação da lei, muita gente ajudar, nos palcos não poderia as pessoas encantar. 

Ainda bem que, também, desistiu de fazer a bola rolar. Pois, assim, o Brasil perdeu um goleador de placa, mas seu povo ganhou um craque da arte da imaginação estimular. 

Hoje Chico, você que, como poucos, só precisam de um gesto ou uma expressão para fazer outra alma gargalhar, nós pós a chorar! 

Choro de saudade. 

E, sobretudo, de gratidão, de reconhecimento. Pois, em meio às tristezas da vida da gente, você sempre nos presenteou com as mais intensas e alegres emoções, sempre nos fazendo gargalhar. 

Lá onde nasci, nos tempos idos, quando alguém partia desta para a outra, muitos diziam: “vai descansar”. Mas, não sei não! Não quero os sábios de a minha infância contrariar, mas acho que agora, querido Chico, é que você vai trabalhar! 

Creio, para não precisar saber, que muito em breve o Céu mais alegre ficará, pois já...já, lá você vai chegar! 

Obrigado Chico, por saber pelo humor saudável aqui, também, ficar! 

José Paulo Ferrari – 23 de abril de 2012, 15h30minhs.


Feliz é o bloguito que tem como amigo um Mestre, do quilate de José Paulo Ferrari.
Obrigado amigo.

2 comentários:

  1. Bom dia meu caro.Realmente o céu deve estar muito alegre! o "Rolando Lero" com certeza o recebeu..com um "SEJA BEM VINDO AMADO MESTRE!!
    mas....vc datou com 2013..prenúncio de que a profecia mais não vai se concretizar?! rsrsrs..ainda bem..pq tenho muitas coisas ainda para fazer por aqui. Obrigada pelo belo post!
    Sônia Maria

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  2. Obrigado Sônia Maria. O autor, José Paulo Ferrari, com certeza se equivocou e peço licença ao mesmo para mudar a data. Você é a Sônia, filha do meu saudoso Mestre, Ary Barreira Carrinho?
    Grande abraço.

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