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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Tempo, senhor da dor e da transformação


Olá, saudações! 

Como bens sabes, a Quaresma, este peculiar período de reflexão, nos trás momentos de comunhão e de interiorização. Pois, é ela que deverá conduzir nossas Almas à travessia, o transpor, do velho para o novo que nos levará a reafirmação da Antiga Aliança com o Deus que habita nossos corações. 

Para o renascimento, a chamado ressurreição, como queira os cristão. 

E, também, libertação para os povos judeus, crentes das Antigas Tradições! 

De qualquer forma, é uma caminhada...uma jornada de Alma, para os mais sensíveis, despertos à evolução. E, especialmente, para os dispostos à comunhão, independente de crenças ou até mesmo de religião. 

Ao menos esta é minha compreensão, seja verdade ou não! 

Assim, o tempo vai passando em meio a tantas celebrações. Veja você que já estamos perto da grande comemoração do Sábado da Aleluia e do Domingo de Páscoa ou da Divina Confraternização! 

Não importa muito as razões, contanto que seja sempre uma forma de devoção. Aqui, acolá. Nas igrejas, nos templos, nas mesquitas e nas sinagogas, mas sempre de veneração. 

Ainda, de respeito pelo sagrado e por tudo que foge um pouco da racional compreensão, já que tudo que nela se encerra diz muito mais ao coração. 

Minha Alma, já meio antiga pelo passar das idades, traz lembranças dos tempos de criança no interior. Quando a Quaresma, para todos, era um intenso período de respeito e devoção. 

Comer carne, nem pensar. Cantar então, só as mais simples canções que mais lembravam as orações. 

Tudo era quieto, quase parado. Se bem que ao longe, todo mundo ouvia o canto da cigarra, com muita atenção!...Hoje, como já não sou menino, sei que era o período do acasalamento, da procriação. 

E o roxo, esta cor que não me sai da mente desta época de recordação, estava por todos os lugares em que faziam preces e se exaltava o perdão. 

Era esta cor que impedia o olhar da gente de contemplar as imagens dos santos. Menos daquelas que retratavam as significativas passagens da Paixão. 

Mãe dizia, logo cedo quando eu acordava: “Menino cuidado! Não vá pescar no ribeirão, nem ande sozinho pelo mato, em busca de frutas ou de estilingue na mão. Pois, é chegada a hora de muita emoção e das lembranças da dor causada pela Crucificação”. 

Ela insistia, quase todos os dias: - “Cuidado, para não cometer mais pecado! Pois, este mundo danado é feito para a nossa expiação. Aproveita então, menino levado, para se livrar dos erros e fazer caridade de montão”! 

Pobre de mim ou rico de mim, que nasci no meio desta bela tradição? 

Certo é que se aqui cheguei com a Alma rica de lembranças e gratidão, foi por que, quando menino, ainda havia muito respeito por todas as Leis da Criação! 

Carinhoso abraço, com desejos de momentos de Paz e Devoção!


Tempo, senhor da dor e da transformação 

A Terra gira no espaço. 

A Lua se movimenta no céu. 

E o Sol, então, caminha no infinito, lentamente, demarcando as estações. 

É este astro rei que nos dá a vida e carrega consigo todo o nosso sistema, rumo a outras constelações. 

Tudo isto tem haver com a luz, em suas varias manifestações. Especialmente, com a energia, esta força comentada por muitos e justificada por outros, mas ainda sem muitas razoáveis explicações. 

Isto é o Tempo, na minha leiga e simples concepção. 

Tempo danado que, desde sua primeira expressão, vem devorando silenciosamente sua própria criação. 

Mesmo que alguns para ele orem e o julgue aprisionado no passado, em um templo numa afastada região, ele está sempre presente, com suas várias formas de ações. 

Ele não se importa com a energia e a luz. Muito menos com a opinião da gente ou com nossas dores e aflições. 

É impassível, pra não dizer temível. 

Lento, quase sutil. 

Mas, profundamente devastador, causa sempre dolorosa transformação. E, tudo consome, por sua inexorável manifestação. 

Além de nos envelhecer, é ele que permite o isolamento e, normalmente, afasta das pessoas o que lhes são mais caros, mais amados, e de suas belas realizações. 

Oh tempo, danado! Sempre povoando, nossos corações, de inesquecíveis recordações. 

Encontrei, finalmente, uma forma de não sofrer sua ação. Ainda que no universo de minha própria ilusão. 

Aprendi isso com a Lua, rainha da imaginação. 

Pois, basta fechar os olhos, buscar uma melhor forma de concentração, relaxamento e meditação. 

Pronto, você poderoso Cronos, ou Saturno como queiram outros, não pode invadir mais minha solidão, meus sonhos e recordações. 

E, depois, descobri também que pela ação do Sol, este grande e fiel iluminador, podemos todos nos eternizar, bastando para isso nossas obras, sob sua inspiração, realizar. 

Tu mesmo, grande devastador, ao longo de tuas influencias terá, pelas nossas obras, que nos imortalizar. 

(Verão – Quaresma, Guarulhos, 23 de março de 2012 – José Paulo)


Pobre de mim ou rico de mim, que nasci no meio desta bela tradição? 
Sem sombra de dúvida; RICO DE TI!
Abração José Paulo e outra vez, obrigadíssimo.

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