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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

domingo, 18 de março de 2012

A quem educa...

Dedico este texto ao meu saudoso Mestre, Ary Barreira Carrinho

A Quem Educa...

{...} Educa quem educará. E quem aprender a perder. Quem, ou cuja obra, permanecer muito depois do momento de educar. Educará quem for capaz de dar no presente, com decisão, coragem e sem culpas, tudo o que no futuro fizer lembrar - ainda que com dor mas se possível com muita alegria - o momento da educação.
Educar é perder sempre as batalhas do imediato. Menos o amor de quem percebe o quanto ele preside o gesto do educador. É perder qualquer pretensão do reconhecimento e saber que quando ele vier - se vier - já tempo não haverá para receber o agasalho de sua manifestação, nem como reparar as injustiças feitas, o silêncio, a falta do "muito obrigado". É perder porque é aceitar perdurar apenas na lembrança. É perder porque em qualquer sistema, em qualquer estrutura, em qualquer institucionalização de qualquer coisa sobre a face da terra, o verdadeiro educador estará ameaçando algo até mesmo tudo aquilo em que ele próprio acredita, porque o verdadeiro educador é aquele que acompanha as mutações da vida, dos tempos, dos comportamentos.



Um comentário:

  1. Boa tarde,
    Agradeço o carinho deixado lá no Táxi em Movimento, respondi por lá.
    Esse texto do saudoso Artur da Távola norteia meu caminho como educadora.
    O ontem, o hoje e o que imaginamos ser o amanhã devem caminhar juntos no processo educacional.
    Parabéns pela lembrança do seu Mestre, o maior reconhecimento da carreira do magistério é ser lembrado muito tempo depois por alguma marquinha que ficou no estudante.
    Meu abraço.

    *Volto para conhecer melhor o blog.

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