Hoje é o Dia Nacional da Poesia. Data do aniversário do nascimento de Castro Alves que, tão sabiamente, expressou a dor dos escravos e rogou pela libertação.
Minha homenagem àqueles que fazem das suas ações um cuidar uma poesia aos olhos e a alma de quem, no momento, necessita do acolhimento, da Caridade Universal!
José Paulo Ferrari
A
Alma do Poeta
A
natureza, ao longo do tempo, forja a Alma do poeta e o torna, aos olhos de Deus,
um ser sensível às suas manifestações.
E
então, aos poucos, vem surgindo a inspiração, que brota no seu ser como fruto da
contemplação.
É
resultado, também, de muito estudo, labor e solitária
dedicação.
Ela
é silenciosa, quase invisível ao olhar do profano, pois se mostra sempre como
uma oração de gratidão.
Mas,
para a sua Alma sensível, tocado sempre pela dor da piedade e compaixão, é só o
resultado da sua própria compreensão.
Descreve,
vela e revela, sempre, pela aclamação.
Não
procura dar explicação e, sim, criar indignação.
Colocando
no coração humano o ponto da interrogação.
Pois,
bem sabe, na sua sensibilidade, que cada homem dever ser fruto de sua própria
criação.
Suas
palavras, seus escritos, chegam ser, em muitos momentos, como uma sutil canção
que encanta e toca os mais simples de coração!
Em
verdade, movido pela contemplação, ele não fala muito, só discorre sobre a sua
particular comunhão com Deus e a própria Criação.
Jamais
terá como saber ou não se os outros o compreenderão. Mas, silenciosamente, nutre
a esperança que cada um tenha seu próprio discernimento e desenvolva sua
particular percepção e ação, já que acredita que isto sim é sinal de
evolução.
Mas,
suas palavras, suas aclamações, jamais são em vão!
Já
que é como um eco que busca sempre a emancipação e propõe, por assim dizer, a
necessária reconciliação.
E,
assim, como uma suave música que fala direto à alma, suas poesias como outras,
também, promovem elevadas emoções e incentivam ao perdão.
Seu
desejo não é a sutil sedução. Embora como homem, também, seja tocado pelo
orgulho e, ás vezes, pela ambição.
Não
espera nada em troca e não quer nenhum reconhecimento ou compensação, razão pela
qual está sempre silencioso e alegre ou em meditação.
Seu
anseio não é senão, sobretudo, a elevação, através das palavras, da mente e do
coração de seus outros irmãos.
Pois,
banhado na Luz da Compreensão, roga que outros, também, desenvolvam um sutil
poder de contemplação na busca sincera da real comunhão.
Acredita,
com sua alma construída ao longo das encarnações, ser este um direito que levará
o homem à sua verdadeira libertação.
Para
isto prega, grita, ensina, sempre através das palavras, o dever da caridade e da
consolação.
E
como poeta cristão, também, aceita humildemente a eterna acusação de ser
culpado, como todos os homens, pela crucificação, no Monte do Calvário, em busca
do bem da humanidade e da Salvação.
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