(GeraldoMiguel)
26/03/12
Relendo a história de alguns
dos maiores empresários do mundo, deparei com um texto do americano David
Rockefeller, quando uma de suas empresas foi à falência: “Não me deixo abalar com um
desastre. Estou vivo; é o que importa. Para me reerguer preciso de
talentos que se mostrem comprometidos
com os meus ideais. Me dêem talentos que reconstruo tudo de novo, e melhor,
uma vez que máquinas eu mando buscar na
Alemanha, mas talentos não se encontram para comprar. Eles se fazem, acreditam
em si mesmos, buscam oportunidades por si e para si, se sentem co-responsáveis
pela construção de uma empresa vencedora, pois eles são a própria essência da
habilidade de vencer no negócio a que se dedicam...”
Colaboradores são, compreensivamente,
pilares que encantam, sustentam e perpetuam a ‘frágil’ engrenagem que viabiliza uma Empresa: o cliente e suas rápidas
mudanças de interesse. Mas precisam ser competentes, comprometidos, dispostos a mudanças pessoais.
Como escreveu
o incomparável poeta clássico Luis Vaz de Camões: “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Muda-se o ser, muda-se a
confiança. Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”.
Nesse avançar
desproporcional da tecnologia e das opções modernas, os clientes também mudaram
suas exigências, seus conhecimentos e suas atitudes. Não é mais um
simples receptor. O consumidor se redireciona num simples aceno persuasivo dos
concorrentes. O mercado mudou suas
lições; o ser humano mudou seus valores,
critérios e confiança em outros seres humanos.
A lei da sobrevivência tritura os
pregadores da acomodação, exige profissionais habilidosos – talvez semelhantes
àqueles procurados por Rockefeller, na década de 1950...
Assisto, perplexo, a inúmeras
empresas que têm ido à bancarrota, por falta de
compreensão de que o mundo dos negócios oferece excelentes
oportunidades, mas as pessoas têm que correr atrás, identificar e ter
consciência da dimensão da própria capacidade, poder
e empenho para alcançar essas oportunidades.
Mercearias (ou Armarinhos à antiga – aquelas em que o dono ficava pitando um cigarro de palha esperando à
porta a chegada de clientes com caderneta para comprar fiado e pagar no final
do mês – desapareceram faz tempo... Hoje os verbos imperativos são: sentir,
criar, buscar, cativar, ganhar, manter e permanecer atento às idiossincrasias
do mundo e dos clientes, e, se necessário, atualizar-se, mudar, até o fim do
tempo em que for concedido a cada um viver sobre a Terra...
Talvez esse alerta reflita a
premissa de que uma empresa não se garante com a simples e questionável gestão dos negócios atualmente praticada por diversas empresas. Há de se refletir sobre atitudes e
sistemas de gestão e mudar, e mudar, e mudar de novo.
Aqueles que trazem maiores
lucros (talentosos e argutos) devem ser publicamente reconhecidos e servir de
espelho aos céticos e mal posicionados em suas ambições individuais, pois não
servem para desobstruir as imensas, sofisticadas
e dilacerantes muralhas dos desafios do mundo atual.
Espero que a minha reflexão
seja de utilidade.
Muito obrigado prezado Gêmiguel por mais esta reflexão que enobrece o bloguito.
Grande abraço a você.
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