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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Os "Empata-moitas" na Fronteira, Pantanal e Belo Monte!

Olá, meu caro amigo.
Desculpe se abuso de sua boa vontade, mas peço que analise o texto a seguir e verifique a possibilidade de editar em seu bloguito.

Nào sou natural do pantanal. Como militar e andei por todo o Brasil, sou um defensor de nossa natureza e como moro atualmente em Campo Grande - MS, comungo com as idéias de quem defende nosso habitat e por conseguinte as coisas de nosso Brasil.
Grato por sua atenção.

Forte abraço dos amigos de sempre,

Pizarro e família.

Os "Empata-moitas" na Fronteira, Pantanal e Belo Monte!

Sábios afirmam que a Bíblia, os ditados e as expressões populares são os grandes depositários da sabedoria humana. Há expressões, algumas aparentemente chulas, mas que seriam dignas de Shakespeare, dado que tais “pérolas” populares definem com exatidão tipos que nos rodeiam e que a gente encontra até... no espelho. Das expressões que me ocorrem, uma é esta: “Fulano é um empata moita, ele não ocupa a moita e não deixa o outro ocupar” .O acesso à militãncia empata moita é democrático, uma vez que podemos encontrá-los em quaisquer querências, Patidos ou classes sociais. Fácil é também cultivar suas desvirtudes pois, afinal, comer, coçar e invejar é só começar.

Apresentemos, então, um Empata Moita : numa chácara, o zelador está cuidando de uma espécie frutífera, recém plantada e bem recomendada. De sua ação lhe acarretará satisfação interna, prestígio junto a quem lhe incumbiu a tarefa e, tudo correndo bem, poderá saborear os frutos da planta. Eis que chega um vizinho de outra chácara, fazendo visita em plena segunda feira e diz: “Ah!, eu se fosse Você, não cuidava, pois dá azar! Quando essa planta der frutos, Você perde o emprego! Diz que é”.

Esta atuação, através do que chamaríamos de um “ mito paralisante”, é uma farsa, e tem como objetivo inibir a ação produtiva do outro. Entretanto, apresenta-se travestida de boas intenções, ou seja, impedir que o outro perca o emprego. Os traços mais marcantes do empata-moitas são a improdutividade, a desadaptação e a inveja, qualidades que não vivem uma sem a outra. A inveja é um sentimento que leva à cobiça paralisante, ou seja, ao desejo sobre o que é do outro, não para possuir ou usar o objeto cobiçado, mas apenas para impedir que o outro o use ou usufrua.

No exemplo que demos, o nosso “Segunda –feira”, vergado sob o peso da própria impotência, não suporta que o outro exiba a sua força e tenta paralisá-lo. A atuação invejo-paralisante pode se manifestar de forma mais sofisticada, através de justificativas que chamaríamos de "racionalizações". A racionalização, um conceito psicanalítico, é qualquer justificativa racional e "politicamente correta", mas que tem como objetivo apenas encobrir as verdadeiras e inconscientes motivações da “má ação” paralisante.

Um bom exemplo é o trabalho dos pantaneiros quando, buscando reencontrar a sustentabilidade econômica da região, promoveram a troca do capim grosseiro, e que só o fogo comia, por variedades de gramíneas palatáveis e nutritivas, bem ao gosto dos rebanhos e fauna. Os pantaneiros têm sido objeto de suspeições gratuitas e tentativas de impedimentos legais, por estarem “introduzindo variáveis exóticas” no Pantanal, sem que nunca os tais guardiães-paralisantes do meio ambiente tenham se dado ao trabalho de, tecnicamente, tentarem mostrar como e onde pastagens melhoradas impactaram negativamente a qualidade do ar, solo, condições sociais e fauna.

Volta e meia reaparece um empata moitas tentando prejudicar a sustentabilidade econômica e ambiental pantaneiras, com o subterfúgio de "proibir desmatamento", pois troca de pastagens é definido como "desmatamento", mesmo onde não haja matas nas savanas pantaneiras. Que tal lembrarmos então, leitor, da liquidação do Programa Pantanal, no governo Lula, pelas mãos da santinha Marina Silva? Alguém se lembra de algum protesto dos empata moitas fantasiados como defensores do meio ambiente, face a esse crime contra o Pantanal?

Será que hoje, como bem disse o então governador Zeca, se fôssemos construir agora a estrada de ferro que corta o Pantanal, os seca pimenteiras permitiriam sequer que o assunto fosse discutido? Itaipú teria sido construída? Lula não está aí suando para manter o projeto da Usina de Belo Monte, que será tão importante para nosso futuro quanto o é hoje a Itaipú?

Por ironia, Lula está provando de seu próprio veneno, pois é público e notório que no seu Partido, atrás do toco, tem ficado com verbas, holerite, trabuco e megafone, os que tentam paralizar e impactar a locomotiva da economia brasileira, que são nossas fazendas, grandes, pequenas ou médias.

O financiamento de invasões e depredações, inclusive expansão de aldeias indígenas atropelando direitos seculares, bem como a irresponsabilidade e norteamento ideológico do Estado brasileiro diante dos abusos, mostra bem a penetração dos empata-moitas no aparelho estatal! Já estão em programa de governo, pois um há com a determinação de impedir o acesso à Justiça pedindo restituição de posse, para aquele que tiver suas terras invadidas.

Tem primeiro que discutir os direitos humanos do invasor. Felizmente tal Programa só foi rubricado pela candidata presidencial, não foi assinado, como disse ela. Ainda informando e lembrando: um projeto com recursos disponíveis, sob responsabilidade do engenheiro Aroldo Figueiró, para plantar 1.200.000 mudas de erva mate, laranja e manga em áreas indígenas guarani e terena, há seis anos foi engavetado em órgão ambiental empata-moitas, até os recursos serem suspensos e perdidos. Seria o empata-moitas a serviço da miséria e do conflito indígena, nestas fronteiras?

Valfrido M. Chaves- Psicanalista,
Pantaneiro vmcpantaneiro@terra.com.br

Aí está, meu caro Coronel Pizarro, a sua matéria devidamente publicada. Um grande abraço e muito obrigado pela colaboração.

Sérgio.

Um comentário:

  1. Olá, meu amigo.

    Grato por sua atenção.
    Espero estar contribuindo com a melhoria contínua de nossa sociedade por intermédio de seu exitoso bloguito.
    Forte abraço.
    Pizarro e família.

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