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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Saudade de Herculândia C X II - Capítulo III

No quadrilátero externo, um passeio onde se cruzavam os casais mais maduros e, num footing de mão dupla, as paqueras ocasionais. As moças rodavam num sentido e os rapazes no sentido inverso. Olhos que se cruzavam e pressagiavam possíveis romances a acontecer num futuro talvez próximo.
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Uma das laterais do quadrilátero era a Avenida Brasil, em cuja esquina se localizava a Sorveteria do Fukushiro ponto de encontro da turma do cafezinho e da garotada que curtia deliciosos picolés.

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Estacionados à beira da calçada do jardim, oposta à sorveteria, os taxis “Pé de Bode” do Pernambuco, do João Correia, do Veiga, do Waldemar Japonês (o Vardemá Maçã), do Arquimínio entre outros, além das charretes de aluguel.

Tudo isso me vem à mente como um raio, como o flash de uma câmera fotográfica. Alí vejo os bancos da Casa Glória, do Escritório Simões de Contabilidade, da Casa Amado, da Máquina São Jorge de Benefício de Grãos do Sr. Homsi, da Barbearia, da Farmácia Sul Americana que anunciava “A sua drogaria – a mais barateira da zona”, da Casa Tamaoki, do Escritório Marin de Contabilidade, do Bazar Horie e tantos outros, ligados aos negócios da cidade.

Saudades daqueles tempos! O Jardim de minha terra era o símbolo da pujança local, o orgulho de seus filhos, um marco em suas vidas. Numa analogia utópica, até parece que Carlos Imperial, num momento de grande inspiração, esteve por ali e compôs “ A Praça”, pois durante anos e anos era:

“A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim.


Tudo é igual, mas estou triste, porque não tenho você perto de mim...”

Agora uma simples lembrança!

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