No verão, alergias e a promessa do ar condicionado tendem a levar as pessoas a  lugares fechados. Mas para aqueles que conseguem suportar o calor e o pólen,  passar mais tempo junto à natureza pode ter alguns efeitos surpreendentes à  saúde. Numa série de estudos, cientistas descobriram que, quando as pessoas  trocam suas “prisões” de concreto por algumas horas em ambientes naturais –  florestas, parques e outros locais com muitas árvores –, elas apresentam um  aumento na função imunológica.
A redução do stress é um fator. Mas os cientistas também associam isso a  phytoncides, químicos transportados pelo ar emitidos pelas plantas para  protegê-las de apodrecer e dos insetos, e que aparentemente também beneficiam os  humanos.
Um estudo publicado em janeiro incluiu dados sobre 280 pessoas saudáveis no  Japão, onde a visita a parques naturais para efeitos terapêuticos se tornou uma  prática popular chamada de “Shinrin-yoku”, ou “banho de floresta”. No primeiro  dia, algumas pessoas foram instruídas a caminhar por uma floresta ou área  arborizada por algumas horas, enquanto outras caminharam pela cidade. No segundo  dia, inverteram as atividades. Os cientistas descobriram que estar entre plantas  produziu “menores concentrações de cortisol, menor frequência cardíaca e pressão  arterial”, entre outros aspectos.
Vários outros estudos mostraram que visitar parques e florestas parece  aumentar os níveis de leucócitos. Num estudo de 2007, homens que fizeram  caminhadas de duas horas numa floresta por dois dias tiveram um aumento de 50%  nos níveis de linfócitos. Outro estudo descobriu um aumento nos leucócitos, que  durou uma semana, em mulheres expostas a phytoncides do ar da floresta. Segundo estudos, a exposição ao verde parece beneficiar a  saúde.
Tradutor: 
- Gabriela d'Ávila
 
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